Comércio, indústria e serviços geram 4,1 mil vagas em 2021 | aRede
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Comércio, indústria e serviços geram 4,1 mil vagas em 2021

O comércio liderou na geração de oportunidades em Ponta Grossa em 2020. Por outro lado, a construção civil fechou 3.107 postos, resultando em um saldo anual de 1.060 vagas criadas no ano

Número total de contratados pela indústria aumentou em 8,34%
Número total de contratados pela indústria aumentou em 8,34% -

Fernando Rogala

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O comércio liderou na geração de oportunidades em Ponta Grossa em 2020. Por outro lado, a construção civil fechou 3.107 postos, resultando em um saldo anual de 1.060 vagas criadas no ano

Três setores foram grandes responsáveis pela geração de emprego em Ponta Grossa em 2021. Comércio, indústria e serviços criaram 4.128 novas vagas de trabalho formais no decorrer do ano na cidade. Por outro lado, o setor da construção, que criou 4.180 novas vagas no acumulado de 2020, viu 3.107 delas serem fechadas em 2021, derrubando o saldo do emprego na cidade no ano. Pouco mais de um terço desses postos de trabalho da construção, 1.081 no total, foram perdidos apenas no mês de dezembro. Com isso, ao final do ano, Ponta Grossa fechou 2021 com um saldo de 1.060 vagas de emprego criadas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. 

O setor de grande destaque nesta geração de empregos na cidade foi o comercio. Só ele foi responsável pela criação de 1.612 novas vagas em 2021, resultantes de 13,2 mil admitidos e 11,6 mil desligados. Foi o ramo que teve o maior crescimento de vagas criadas na comparação com o ano anterior (2020), quando apenas 72 vagas foram geradas – aumento de 2.138%. Na sequência aparece o setor da indústria, que criou 1.370 novas oportunidades, em um ano em que o ramo teve 7,9 mil admitidos e 6,5 mil demitidos. Em 2020, o setor já teve 840 admissões a mais do que demissões. Quando se fala na variação relativa do emprego, do saldo em relação ao número total de trabalhadores neste setor, houve um crescimento de 8,34%, o maior entre as cinco categorias, e agora a indústria totaliza um estoque de 17.793 empregados na cidade.

O segmento que teve mais admitidos foi o de serviços, com 19.702 registros nos 12 meses de 2021, porém também foi o com mais desligamentos, com 18.556. Com isso, o saldo foi de 1.146 vagas formais criadas no ano, elevando o estoque total de trabalhadores admitidos no setor para 41,7 mil – ou seja, é o setor que mais emprega pessoas na cidade. Já a agropecuária, que tem 1,7 mil empregados no total na cidade, criou 39 novas vagas.

Se em 2020 todos os setores ficaram positivos, em 2021 um único negativou. Justamente a construção civil, que puxou a geração de emprego na cidade no ano anterior. Mas isso é explicado pelo ciclo de investimentos em infraestrutura na cidade: em 2020 foram iniciadas quatro grandes obras de infraestrutura viária, em quatro interseções em desnível nas rodovias, em investimento da RodoNorte, e também foi o pico das obras da Engie, no projeto do sistema de transmissão de energia elétrica Gralha Azul. No ano passado essas obras chegaram ao fim e houveram os inúmeros desligamentos – em dezembro, por exemplo, 550 demissões da construção civil foram justamente de pessoas que trabalhavam em ‘obras de infraestrutura para energia elétrica’ e outros 124 em obras de ‘construção de rodovias’.

Para o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro, esses números refletem o crescimento da economia da cidade, que deverá se acelerar ainda mais no decorrer deste ano de 2022. “Isso é reflexo da retomada econômica. As empresas fecharam vagas em 2020 e começaram a repor, mas ainda não chegamos no que queremos. Vão haver muitas contratações a mais em 2022. O detalhe é que a indústria na cidade não afetada pandemia, porque elas não pararam, então esse crescimento de vagas é real. E sem falar nas que estão ampliando e aumentando, como a Heineken, a Ambev, a Continental, a DAF, então com todas elas contratando, o número vai ser representativo”, resume. 

Dezembro tem o pior saldo do ano, com 1,6 mil demissões

O mês de dezembro foi bastante negativo para Ponta Grossa na geração de emprego. Não apenas o setor da construção perdeu vagas, mas esse fechamento de oportunidades também avançou para o setor de serviços, com 375 postos perdidos; a indústria, com 114; e o comércio, que teve 51 desligamentos a mais do que contratações no mês. Somente a agropecuária teve mais contratações, com 10 vagas criadas. O resultado disso é que Ponta Grossa teve o segundo pior desempenho do Estado no mês, apenas melhor que Curitiba, que fechou 6.981 vagas. Contudo, outras grandes cidades paranaenses também registraram perdas de postos de trabalho no mês, como Maringá (-1.311), Londrina (-1.207) e Cascavel (-1.049)


Estado gera 172 mil vagas no ano

No Paraná, a geração de emprego é consistente em todas as regiões. Segundo o balanço consolidado de 2021 do Caged, divulgado ontem, 367 cidades terminaram o ano com saldo positivo na abertura de novas vagas, o que representa 91%. Duas cidades tiveram “empate” entre aberturas e desligamentos e apenas 30 registraram perdas no mercado de trabalho. O resultado é 172 mil novas vagas no Estado, melhor do Sul no ano passado, sendo que destes, a indústria do Paraná teve um saldo positivo de 44.183 novos empregos formais. Trata-se do maior saldo na geração de empregos formais em 18 anos.

A cidade que mais gerou empregos foi Curitiba, com 42.835, quinto melhor resultado nacional (atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília). Na sequência, no Paraná, estão Maringá (8.379), Londrina (7.927), Cascavel (7.570) e São José dos Pinhais (5.793). Neste ranking anual, Ponta Grossa apareceu na 30ª posição, a melhor cidade ranqueada entre os municípios da região dos Campos Gerais.


Brasil

Em âmbito nacional o Brasil terminou o ano de 2021 com saldo positivo de 2.730.597 vagas de emprego com carteira de trabalho assinada. O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em dezembro, ficou em 41.289.692 vínculos, o que, segundo o ministério, representa uma queda de 0,64% em relação ao mês anterior.

Com informações da AEN

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