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Realidade da vida

Na sessão Debates, Reginaldo C. Cruz comenta sobre questões do âmbito escolar e educacional.

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Na sessão Debates, Reginaldo C. Cruz comenta sobre questões do âmbito escolar e educacional.  

Minha mãe, que infelizmente não está mais conosco desde o ano de 2009, sempre que alguém se lamentava, principalmente eu (rsrs), de alguma coisa que fazia parte da vida e que a pessoa não se conformava, usava essa expressão: “Realidade da vida!”. Saudades da minha “Verinha”, maneira carinhosa que era chamada por todos os seus.

Temos verificado e vivenciado ao longo de nossa caminhada de vida profissional voltada para a Educação, que no dia a dia das escolas, muito se tem questionado o fato dos limites ou falta deles, em relação aos nossos educandos.

Sabemos que isso não é exclusividade do âmbito escolar ou educacional, que realmente as nossas crianças, adolescentes e jovens não tem tido limites em suas atitudes, tendo a sua vida prejudicada por causa justamente, dessa falta de limites.

Existem justificativas legais e informais para quase todas as faltas praticadas por nossos educandos, em todos os níveis, a ponto de muitas vezes se não tivermos uma convicção muito bem estruturada das questões éticas esperadas pelo consenso social, sermos levados a achar que o errado é certo.

Verificamos como exemplo, questões que são trabalhadas em algumas escolas, como utilização de vestimentas e acessórios. Isso tem sido motivo de questionamentos por muitos, que dizem que o educando deva ir para a escola da maneira que quiser desde que não viole as regras sociais impostas e esperadas pela sociedade, sem a obrigatoriedade de uniformes e muito menos proibição para usar dos acessórios que ele bem entender. Confesso que em algumas situações até concordo por vivermos outros tempos, tempos que a liberdade de expressão está sendo pregada, só lamentando que de maneira muitas vezes equivocada, mas isso é tema para outro texto.

A nossa preocupação e ponderação se passa justamente quando constatamos que a orientação para uma entrevista de emprego, apresentação em uma cerimônia formal, cumprimento de horário em questões cruciais, adequação do nosso linguajar em rodas de conversas formais, enfim, várias situações que temos que nos portar de acordo com o esperado pelo grupo ou situação, são fatores preponderantes para obtermos bom êxito profissional, social, educacional, nos promovendo e nos tornando aceitáveis dentro de um consenso social esperado pela própria sociedade em que vivemos.

Sei que os adeptos à liberdade sem intervenção até mesmo dos padrões sociais que vivemos, pensam e pregam que devemos expressar-nos, vestir-nos, falarmos e agirmos, da maneira que a nossa consciência mandar. Mas quando nos deparamos com pessoas que são impedidas de entrar em um concurso por não chegar no horário, ter sua avaliação impugnada por não estar vestida adequadamente ou utilizando-se de acessórios não permitidos, pessoas que são detidas por levantarem a voz para uma autoridade, enfim, burlarem regras impostas ou esperadas pelo grupo social em que vivem, lembramo-nos da expressão da nossa saudosa mãezinha: realidade da vida!

Por Reginaldo C. Cruz - Pedagogo e Bacharel em Teologia.

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