'Gwada negativo': cientistas identificam grupo sanguíneo inédito em paciente francesa | aRede
PUBLICIDADE

'Gwada negativo': cientistas identificam grupo sanguíneo inédito em paciente francesa

Análise genética avançada revelou uma mutação inédita e o caso foi oficializado pela sociedade internacional em Milão

Pesquisadores desenvolvem agora um protocolo especial para encontrar outras pessoas com o mesmo tipo sanguíneo
Pesquisadores desenvolvem agora um protocolo especial para encontrar outras pessoas com o mesmo tipo sanguíneo -

Publicado Por João Iansen

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Uma francesa originária da ilha de Guadalupe foi identificada como a única conhecida portadora de um novo grupo sanguíneo, denominado "Gwada negativo", informou na sexta-feira (20) um responsável do Instituto Francês de Sangue (EFS), confirmando uma informação da emissora France Inter.

Em 2011, foi detectado nesta paciente um "anticorpo muito particular e desconhecido", mas os meios técnicos da época não permitiam continuar as investigações, explicou Thierry Peyrard, farmacêutico e biólogo médico, responsável do EFS pela qualidade e segurança dos produtos sanguíneos.

Os cientistas puderam "resolver o mistério" a partir de 2019, graças à "sequenciação de DNA de altíssima velocidade", que revelou uma mutação genética, acrescentou.

O nome "Gwada negativo", que faz referência às origens guadalupenses da paciente e "soa bem em todos os idiomas", foi muito bem recebido pelos especialistas, segundo Peyrard.

A descoberta deste novo grupo foi oficializada no começo de junho em Milão pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT), indicou o EFS nas redes sociais.

Hoje sexagenária, a paciente tinha 54 anos e residia em Paris, quando - durante alguns exames rotineiros prévios a uma operação cirúrgica - foi detectado o anticorpo desconhecido, relatou Peyrard.

"Hoje apenas ela é compatível consigo mesma no mundo inteiro", enquanto para outros grupos sanguíneos raros costuma haver pequenos grupos de pessoas compatíveis, como irmãos.

Essa mulher seria, segundo o especialista, "o único caso conhecido no mundo".O pesquisador e sua equipe estão desenvolvendo atualmente um protocolo especial com a esperança de encontrar outras pessoas com o mesmo grupo, "especialmente em Guadalupe, entre os doadores de sangue".

Esse grupo sanguíneo é herdado de ambos os progenitores, cada um dos quais era portador do gene mutado. Como seus pais, os irmãos da paciente eram portadores de um único alelo, de modo que não tinham este grupo sanguíneo, o qual só se manifesta quando se herdaram os dois genes idênticos.

Com informações: G1.

PUBLICIDADE

Conteúdo de marca

Quero divulgar right