Pix por aproximação é lançado em todo o país nesta sexta; saiba mais
O Banco Central (BC) disponibilizará a função por aproximação para os pagamentos feitos via Pix a partir desta sexta-feira (28)
Publicado: 28/02/2025, 11:11

A partir desta sexta-feira (28), o Banco Central (BC) libera a função de pagamento do Pix por aproximação em todo o Brasil. Nessa modalidade, o usuário é capaz de fazer transações sem acessar o aplicativo da instituição financeira.
O Pix é o sistema de pagamentos contínuo e em tempo real do BC, com vigência desde novembro de 2020.
Antes do lançamento oficial, a modalidade do Pix por aproximação estava disponível desde 4 de novembro do ano passado, mas para clientes de alguns bancos que aderiram à fase de testes.
NOVIDADES - O Pix automático, ainda em desenvolvimento, está previsto ser lançado em 16 de junho.
A partir do Pix automático, será possível otimizar as cobranças de vários serviços, como a realização de transferências instantâneas em pagamentos programados — similar ao que ocorre com o débito automático.
Ele poderá ser usado para pagar contas de água e energia, escolas, faculdades, academias, condomínios, clubes sociais, planos de saúde, serviços de streamings, portais de notícias, clubes por assinatura e empresas do setor financeiro.
No início de fevereiro, o BC lançou o chamado “Bolepix”, recibo com a indicação de um QR Code para fazer o pagamento via Pix, sem precisar ler o código de barras.
DETALHES - Esta modalidade do Pix funciona de forma muito semelhante ao uso do pagamento via cartão por aproximação. Para habilitar essa função, será necessário integrar as chaves Pix nas chamadas “wallets” (carteiras digitais).
O cliente poderá escolher a instituição financeira ou banco, cadastrar a conta na carteira digital e salvá-la para efetuar o pagamento presencial com o Pix por aproximação.
Com esse cadastro, será possível fazer transações via Pix aproximando o celular do terminal de pagamento (por exemplo, as famosas “maquininhas”), usando o recurso de NFC dos telefones. Ou seja, só precisa encostar o celular na máquina para pagar.
CRISE - No início deste ano, o Pix virou alvo de polêmicas em razão de um ato normativo da Receita Federal sobre o monitoramento das movimentações. A norma vinha sendo criticada pela oposição e causando muito desgaste ao governo Lula (PT), que decidiu revogá-la.
A normativa da Receita sobre o Pix passou a valer no início de janeiro. Apesar de o governo alegar que o objetivo era coibir grandes sonegadores, formou-se na opinião pública a noção de que as mudanças fechariam o cerco sobre trabalhadores informais e a classe média, obrigando-os a pagar Imposto de Renda (IR) sobre suas movimentações.
A crise acabou gerando apreensão em torno da utilização do Pix. A autoridade monetária disse que o uso não caiu em razão da desinformação. Para técnicos do BC, os ruídos não devem prejudicar o Pix, que segue crescendo ano a ano em cerca de 30%.
Informações: Metrópoles