Luciano Hang se manifesta após vazamento de áudios

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, teve conhecimento dos áudios que vazaram, nesta sexta-feira (21), em que ele aparece, em um diálogo o secretário da Fazenda do Estado de Santa Catarina, Paulo Eli, mandando o Estado atrasar o pagamento de professores, ou então, demitir a metade dos professores. Na manhã deste domingo (23), a assessoria de imprensa do Grupo Havan, da qual ele é proprietário, enviou uma nota, esclarecendo o áudio, e afirmando que o mesmo foi tirado de contexto.

No áudio que está circulando nas últimas horas, aparece ele dizendo o seguinte: “Atrasa o salário. Atrasa o salário. Paulo, vai me desculpar, atrasa o salário, demita (…)!”. Logo após isso, aparece o áudio do secretário cobrando o imposto das lojas do empresário. Hang retruca, negando. “Vocês tão pensando só no imposto de vocês pra pagar o diabo dos professor. Demite a metade!”, retrucou Hang.

A nota à imprensa neste domingo informa que os áudios “foram vazados fora de contexto de uma reunião ocorrida em 2018”. O texto informa que o encontro teria acontecido em abril de 2018, quando alguns empresários da indústria têxtil se reuniram com o secretário para informar que não aceitavam aumento de 5% que o estado queria colocar sobre a alíquota do setor.

“O estado alegava que precisava de dinheiro para pagar salários, mas batemos o pé e, por fim, não aumentaram o imposto como também não atrasaram salários de ninguém. Depois, também perderam na Assembleia Legislativa. O que eles queriam, na realidade, eram argumentos para que a indústria têxtil aceitasse o aumento de 5%”, explicou Hang, na nota. 

Alem disso, o dono da Havan lamentou que tenham vazado uma parte da reunião, tirando de contexto o que foi tratado na ocasião. “Deveriam ter divulgado a reunião toda, pois daí entenderiam a discussão que tivemos para não deixar aumentar alíquota da indústria têxtil. Eu, como comerciante, posso comprar de qualquer estado ou lugar do mundo, mas, naquele dia, estava lá como catarinense, lutando pelos empregos da nossa população. Quando aumenta carga tributária nos estados, os investimentos vão para outros lugares e não é isso que queremos que aconteça em Santa Catarina”, afirmou.