Infraestrutura digital é chave para crescimento econômico da cidade | aRede
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Infraestrutura digital é chave para crescimento econômico da cidade

Conselheira, empresária defende investimentos em infraestrutura digital e a garantia de inclusão digital para a segurança de serviços e desenvolvimento econômico

Giorgia Bin Bochenek é conselheira na área empresarial
Giorgia Bin Bochenek é conselheira na área empresarial -

Lilian Magalhães

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A conselheira da área empresarial do Grupo aRede, Giorgia Bin Bochenek, avalia que a definição sobre a infraestrutura de telefonia móvel e conectividade digital em Ponta Grossa será um legado de modernização para as próximas gerações.

O debate é referente a uma reportagem especial do Portal aRede

Para ela, é fundamental que o município assuma protagonismo na discussão com operadoras e órgãos reguladores, tratando a internet como utilidade pública essencial ao desenvolvimento. Além disso, a empresária defende metas claras de ampliação do 4G, implantação efetiva do 5G e mecanismos de fiscalização, garantindo competitividade econômica, inclusão digital e segurança para cidadãos e empresas.

Confira abaixo a opinião na íntegra da Giorgia, advogada, empresária e a primeira mulher presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg):

"Nos últimos anos, testemunhamos uma revolução silenciosa que redefiniu a maneira como trabalhamos, nos relacionamos e consumimos. A internet móvel deixou de ser um luxo ou um acessório para se tornar, assim como a energia elétrica e a água tratada, uma utilidade pública essencial. É o oxigênio da economia digital, a espinha dorsal da inovação e a ponte que conecta Ponta Grossa ao Brasil e ao mundo. No entanto, uma parcela significativa da nossa cidade e da nossa região ainda enfrenta uma realidade de exclusão digital, onde a conectividade é um privilégio intermitente e não um direito garantido.

Os relatos são concretos e preocupantes. Em bairros mais afastados, a dificuldade de acesso a um sinal estável compromete atividades básicas da cidadania moderna: aulas remotas tornam-se impraticáveis, aplicativos bancários e de transporte falham, e até as chamadas de emergência podem encontrar barreiras. Na zona rural, este cenário assume proporções ainda mais graves, impactando diretamente a produção, a comercialização e a segurança de quem vive no campo. Profissionais que dependem da mobilidade, como os motoristas de aplicativo, veem sua fonte de renda comprometida pela instabilidade crônica das redes.

VÍDEO
Assista à opinião de Giorgia Bin Bochenek, conselheira na área empresarial do Grupo aRede. | Autor: aRede.
  

Contudo, como presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), preciso destacar com ênfase o impacto que esta deficiência impõe sobre o comércio e os serviços locais. Em uma era onde o Pix se consolidou como principal meio de pagamento e onde as máquinas de cartão operam via conexão celular, a queda do sinal significa, literalmente, a interrupção das vendas. O prejuízo é direto, mensurável e recorrente. Não se trata de um problema pontual, mas de uma barreira crônica à geração de renda e ao fluxo de caixa de milhares de micro, pequenos e médios empresários em todas as regiões da cidade. Um sinal instável mina a confiança do consumidor, prejudica a experiência de compra e onera o empreendedor, que muitas vezes precisa buscar alternativas custosas ou improvisadas para manter seu negócio funcionando.

E é neste ponto que chegamos à questão central: a conectividade é um fator decisivo de competitividade. Para o ambiente de negócios moderno, uma banda larga móvel e fixa de qualidade não é um detalhe, é pré-requisito. É ela que possibilita reuniões online estáveis com clientes e fornecedores de outros estados e países, videoconferências, transmissão de grandes eventos e o funcionamento de tecnologias na indústria. Empresas que avaliam a possibilidade de se instalar em Ponta Grossa consideram, de forma criteriosa, a qualidade da infraestrutura digital. A deficiência neste setor nos coloca em desvantagem na disputa por novos investimentos, empregos e inovação.

Portanto, tratar a melhoria da telefonia móvel e da infraestrutura digital é um pedido do comércio, mas também é uma demanda estratégica por desenvolvimento integral. Envolve a qualidade de vida dos cidadãos, a eficiência dos serviços públicos, a competitividade das empresas e a atratividade da nossa cidade para o futuro. 

A Acipg, representando o setor produtivo que sente diariamente este prejuízo, coloca-se na linha de frente desta discussão. Defendemos a urgência de um diálogo ampliado entre as operadoras, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o poder público municipal e a sociedade civil para estabelecer metas claras de cobertura, qualidade e investimento.

Precisamos de um mapa real da conectividade em Ponta Grossa, de compromissos públicos com prazos para a universalização do 4G de qualidade e a ampla implantação do 5G, e de mecanismos eficazes de fiscalização e resposta às falhas. A cidade que aspira a ser um centro logístico, industrial e de serviços modernos não pode conviver com zonas de silêncio digital. Vamos trabalhar, juntos, para que a conexão deixe de ser um obstáculo e se torne, de fato, o alicerce do nosso desenvolvimento".

CONSELHO DA COMUNIDADE

Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.

Conheça mais detalhes dos membros do 'Conselho da Comunidade' acessando outras notícias sobre o projeto.

OUTRAS OPINIÕES

A 'arritmia digital' da conectividade é um risco à saúde e segurança em Ponta Grossa

LEIA ABAIXO UM RESUMO DA NOTÍCIA

- Conectividade como serviço essencial: Giorgia Bin Bochenek defende que a telefonia móvel e a internet devem ser tratadas como utilidade pública, fundamentais para cidadania, serviços, negócios e desenvolvimento futuro de Ponta Grossa.

- Impactos econômicos e sociais do sinal precário: A instabilidade da rede afeta aulas, serviços de emergência, zona rural e compromete diretamente o comércio, com prejuízos recorrentes para empresas que dependem de pagamentos e operações digitais.

- Protagonismo e metas claras: A conselheira cobra liderança do município no diálogo com operadoras e Anatel, com mapeamento real da cobertura, prazos para universalização do 4G, implantação do 5G e fiscalização efetiva.

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