Volta às aulas: como estudar de forma inteligente

Se você diz com profunda certeza que nunca se deu muito bem nos estudos, ou é categórico e diz que não gosta de estudar, talvez você seja uma das milhares de vítimas de um sistema educacional focado em notas, resultados e diplomas. É preciso pensar para além desses objetivos.  Aprendemos a estudar para a prova, para tirar nota e sermos aprovaados. Nessa lógica, não há garantia que de fato aprendemos algo e de que somos capazes usar esse conhecimento de forma crítica em relação às questões cotidianas. Salvas exceções, a regra é que a maioria dos estudantes, não são estudantes, são alunos! E qual a diferença? Aluno é quem assiste às aulas, eestudante é quem estuda. Nesse sentido, levantamos algumas questões:

• E será que nós sabemos estudar?

• E existe um jeito certo de estudar?

• E o que é aprender então?

• Será que toda dificuldade que achamos e dizemos ter, não advém de simplesmente não saber, não entender como funciona essa fabulosa máquinachamada: cérebro!?

  Ninguém nasce com manual de instruções do nosso corpo e mente, então vamos entender um pouco melhor através da neurociência, como funciona os processos de aprendizagem. Com dicas e pesquisas elaboradas pelo professor Pierluigi Piazzi  

Como estudar de forma inteligente:

 1- Estude pouco e todos os dias Pessoalmente, não acredito que haja limite da capacidade de armazenar informação, porém, há um limite diário dessa capacidade.  Se há uma atividade intensa de estudo, algumas substâncias químicas que são essenciais para o funcionamento do neurônio, “se esgotam” e é precisopausa para se recuperar.   Por ex: Você já está estudando há um bom tempo, quando começa ler um texto qualquer, de repente você divaga nos pensamentos, mas continua lendo, e ao final do texto se assusta e pergunta: o que eu acabei de ler?!   Isso é mecanismo de alerta do seu cérebro informando que ou você pára, ou você não consegue absorver mais nada. E se você “forçar a barra”, vai perder energia, saúde, qualidade de aprendizagem.  

2- Quanto estudar e como estudar?

O ideal é criar um método com horário e intervalos, como um treino. Por exemplo:  

• Meia hora de estudo – Dez Mim de descanso e assim por diante. (se preferir adapte para 1 hora de estudo e /10/15mim de descanso)

• Meia hora de estudo focado com energia – Dez mim de descanso (que não envolva tanto a mente, como: Alongamento, Caminhada,Respiração..

 

3- Entenda como funciona uma aula

• Na aula você não aprende, você entende!
• Entender não é aprender.
• Ler não é estudar!
• Estudar é escrever!
• Aprender é registrar para sempre, saber fazer, resolver em qualquer momento da vida, seja o que for, pois você: Aprendeu!

  Como assim? Se sente que tem dificuldades de aprender e armazenar, ESCREVA! Escreva no papel, não digite. Quando você escreve no papel você registra no seu HD quando digita, no HD do computador. Por que?

• Quando você digita uma letra no teclado A o processador (do computador) lê um código binário (sequencias de zero e um) e aparece a letra Ana tela. Quando você escreve no papel, usa “códigos” cerebrais, memorias, sinapses, mexe nas células do cérebro, estimula áreas motoras, etc.

 

4- Aprenda a estudar um texto

 

1. Faça uma leitura completa e ininterrupta do texto;
2. Faça a segunda leitura escrevendo palavras chave (com se fosse preparar uma cola);
3. Use mapas mentais (Pesquise no google);
4. Resolva exercícios;
5. Faça resumos (escrevendo no papel!)

 

5- Durma bem e de forma apropriada

• Não durma depois de assistir à aula, não antes de estudar. Se você chegar em casa, tirar um cochilo depois do almoço ou dormir a noite. Irá jogar no lixo quase tudo que assistiu nas aulas.

Por que? Durante o dia, tudo que vivenciamos fica registrado na memoria RAM (memória de curta duração) do cérebro chamado: Sistema Límbico.

• Quando dormimos por mais de 1 hora, essa memória é resetada (apagada). Antes de resetar, as informações mais importantes são passadas para o córtex cerebral, onde ficará registrada para sempre. o córtex é como se fosse o HD do cérebro.

Qual critério do que vai pro HD (memória permanente) e do que vai pro “lixo”?

• Interesse pela matéria, texto e/ou aula, estudada. Ou seja: emoção envolvida. Quanto mais emoção, mais “forte” o registro. Por isso o trauma, é um trauma!
• Quantidade de áreas cerebrais estimuladas: visual, auditiva, motora, associações.