Setor químico puxa a alta na arrecadação de ICMS regional | aRede
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Setor químico puxa a alta na arrecadação de ICMS regional

Segmento responsável pelo recolhimento de quase 10% desse imposto na região teve uma alta de R$ 22,2 milhões na arrecadação. Total recolhido alcançou R$ 667,3 milhões em 2023

Indústrias cervejeiras estão entre as maiores recolhedoras de ICMS na região dos Campos Gerais
Indústrias cervejeiras estão entre as maiores recolhedoras de ICMS na região dos Campos Gerais -

Fernando Rogala

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O forte desempenho econômico dos municípios dos Campos Gerais neste ano de 2023, especialmente da sua produção industrial, alavancou arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na região no primeiro quadrimestre, na comparação com 2022. Dados revelados pela Delegacia Regional da Receita Estadual (3ª DRR) apontam que R$ 667,3 milhões foram recolhidos de janeiro a abril deste ano, junto aos 22 municípios abrangidos pela regional, contra R$ 556,9 milhões no mesmo período em 2022. Isso significa um incremento nominal de 19,8%.

O boletim mensal com os resultados de abril, enviado pela delegada regional, Audrey Grubba, aponta que os valores, com os crescimentos, são bastante expressivos, mesmo na comparação com outras regionais e na comparação com a média estadual. “A arrecadação do ICMS na jurisdição da 3ª Delegacia Regional apresenta resultados extremamente positivos e consistentes, quando comparados aos resultados apresentados na arrecadação do ICMS para todo o Estado do Paraná, bem como quando comparados aos resultados apresentados pela Região de Curitiba e Região metropolitana”, detalha a nota. “Estes excelentes resultados são indicativos da combinação de fatores econômicos, da pujança da Região dos Campos Gerais, e também do trabalho persistente e técnico realizado pela atual administração tributária da 3ª Delegacia Regional”, segue.

Entre os 18 principais setores da economia detalhados, o que lidera a arrecadação, de forma isolada, é o de bebidas. Impulsionado pelas duas grandes cervejeiras instaladas em Ponta Grossa (Ambev e Heineken), o setor foi responsável por mais de 26% do total, totalizando R$ 173,1 milhões em impostos pagos. Logo na sequência, se destaca o setor papeleiro, com um total recolhido de R$ 68,09 milhões (10% do total), e o setor químico, com R$ 63,5 milhões (quase 10% do total). Foi justamente o setor químico o responsável pela maior alta da arrecadação neste semestre, de R$ 22,2 milhões, na comparação com os R$ 41,3 milhões em 2022.

Setor de bebidas é responsável pelo recolhimento de mais de um quarto do ICMS regional
Setor de bebidas é responsável pelo recolhimento de mais de um quarto do ICMS regional |  Foto: Gráfico: Gever Dalzotto
 

Também são destaques os setores automotivo (R$ 47,9 milhões), metalúrgico (R$ 47,7 milhões) e comércio de alimentos (R$ 46,8 milhões). Em relação ao primeiro quadrimestre de 2022, os crescimentos foram de 12,7% no setor de bebidas, de 37,1% no setor papeleiro, e de 53,8% no setor químico.

Especificamente do mês de abril, a arrecadação de 2023 somou R$ 175,5 milhões, valor 17,24% maior do que os R$ 149,7 milhões. O setor de bebidas gerou R$ 46,7 milhões em impostos, enquanto que o setor químico gerou R$ 23,7 milhões e o papeleiro somou R$ 19,3 milhões. Dos 18 principais setores, seis tiveram retração no recolhimento de ICMS (automotivo, eletrônicos, energia, fármacos, fumo e metalúrgico), e o maior crescimento foi do ramo químico, o único a superar 100% e alcançar 115%.

Ponta Grossa é responsável por 62% do total regional

O município com o maior valor arrecadado é Ponta Grossa, com R$ 412,9 milhões recolhidos no primeiro quadrimestre de 2023. Esse valor, que corresponde a 62% de toda a arrecadação regional, apresentou um incremento de 10,8% na comparação com os R$ 372,6 milhões recolhidos no primeiro quadrimestre de 2022. O segundo maior valor entre os municípios é de Ortigueira, com um total de R$ 44,4 milhões recolhidos, seguida por Jaguariaíva, que totalizou R$ 27,2 milhões em arrecadação de ICMS. O ‘top 5’ da arrecadação regional é composto por Castro, com R$ 25,8 milhões, e por Telêmaco Borba, com R$ 20,5 milhões. Em abril, apenas três municípios tiveram queda na arrecadação (Ipiranga, Imbituva e Guamiranga), enquanto que quatro mais que dobraram o recolhimento (Cândido de Abreu, Palmeira, Porto Amazonas e Piraí do Sul).

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