Setor químico puxa a alta na arrecadação de ICMS regional
Segmento responsável pelo recolhimento de quase 10% desse imposto na região teve uma alta de R$ 22,2 milhões na arrecadação. Total recolhido alcançou R$ 667,3 milhões em 2023
Publicado: 03/05/2023, 19:14
O forte desempenho econômico dos municípios dos Campos Gerais neste ano de 2023, especialmente da sua produção industrial, alavancou arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na região no primeiro quadrimestre, na comparação com 2022. Dados revelados pela Delegacia Regional da Receita Estadual (3ª DRR) apontam que R$ 667,3 milhões foram recolhidos de janeiro a abril deste ano, junto aos 22 municípios abrangidos pela regional, contra R$ 556,9 milhões no mesmo período em 2022. Isso significa um incremento nominal de 19,8%.
O boletim mensal com os resultados de abril, enviado pela delegada regional, Audrey Grubba, aponta que os valores, com os crescimentos, são bastante expressivos, mesmo na comparação com outras regionais e na comparação com a média estadual. “A arrecadação do ICMS na jurisdição da 3ª Delegacia Regional apresenta resultados extremamente positivos e consistentes, quando comparados aos resultados apresentados na arrecadação do ICMS para todo o Estado do Paraná, bem como quando comparados aos resultados apresentados pela Região de Curitiba e Região metropolitana”, detalha a nota. “Estes excelentes resultados são indicativos da combinação de fatores econômicos, da pujança da Região dos Campos Gerais, e também do trabalho persistente e técnico realizado pela atual administração tributária da 3ª Delegacia Regional”, segue.
Entre os 18 principais setores da economia detalhados, o que lidera a arrecadação, de forma isolada, é o de bebidas. Impulsionado pelas duas grandes cervejeiras instaladas em Ponta Grossa (Ambev e Heineken), o setor foi responsável por mais de 26% do total, totalizando R$ 173,1 milhões em impostos pagos. Logo na sequência, se destaca o setor papeleiro, com um total recolhido de R$ 68,09 milhões (10% do total), e o setor químico, com R$ 63,5 milhões (quase 10% do total). Foi justamente o setor químico o responsável pela maior alta da arrecadação neste semestre, de R$ 22,2 milhões, na comparação com os R$ 41,3 milhões em 2022.
Também são destaques os setores automotivo (R$ 47,9 milhões), metalúrgico (R$ 47,7 milhões) e comércio de alimentos (R$ 46,8 milhões). Em relação ao primeiro quadrimestre de 2022, os crescimentos foram de 12,7% no setor de bebidas, de 37,1% no setor papeleiro, e de 53,8% no setor químico.
Especificamente do mês de abril, a arrecadação de 2023 somou R$ 175,5 milhões, valor 17,24% maior do que os R$ 149,7 milhões. O setor de bebidas gerou R$ 46,7 milhões em impostos, enquanto que o setor químico gerou R$ 23,7 milhões e o papeleiro somou R$ 19,3 milhões. Dos 18 principais setores, seis tiveram retração no recolhimento de ICMS (automotivo, eletrônicos, energia, fármacos, fumo e metalúrgico), e o maior crescimento foi do ramo químico, o único a superar 100% e alcançar 115%.
Ponta Grossa é responsável por 62% do total regional
O município com o maior valor arrecadado é Ponta Grossa, com R$ 412,9 milhões recolhidos no primeiro quadrimestre de 2023. Esse valor, que corresponde a 62% de toda a arrecadação regional, apresentou um incremento de 10,8% na comparação com os R$ 372,6 milhões recolhidos no primeiro quadrimestre de 2022. O segundo maior valor entre os municípios é de Ortigueira, com um total de R$ 44,4 milhões recolhidos, seguida por Jaguariaíva, que totalizou R$ 27,2 milhões em arrecadação de ICMS. O ‘top 5’ da arrecadação regional é composto por Castro, com R$ 25,8 milhões, e por Telêmaco Borba, com R$ 20,5 milhões. Em abril, apenas três municípios tiveram queda na arrecadação (Ipiranga, Imbituva e Guamiranga), enquanto que quatro mais que dobraram o recolhimento (Cândido de Abreu, Palmeira, Porto Amazonas e Piraí do Sul).