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Procurador da região é condenado por tentativa de homicídio

Decisão da Justiça ainda determina que Nivaldo Lucas Filho, procurador na Câmara de Vereadores de Jaguariaíva, seja exonerado

Julgamento foi no Fórum de Jaguariaíva
Julgamento foi no Fórum de Jaguariaíva -

Da Redação

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Após um julgamento de mais de 15 horas, o procurador da Câmara Municipal de Vereadores de Jaguariaíva Nivaldo Lucas Filho foi condenado, junto com o filho Nivaldo Lucas Neto, pela tentativa de homicídio contra Renato Taques Mussi, ocorrida em março de 2009. A decisão do júri, proferida na madrugada desta sexta-feira (27) no Fórum do município, condenou o pai a seis anos e três meses de prisão e o filho à pena de cinco anos e três meses de reclusão. Ambos cumprirão a pena em regime semiaberto.

Além disso, a Justiça ordenou a exoneração de Nivaldo do cargo de procurador do Legislativo e também determinou a utilização de tornozeleira eletrônica por ambos os condenados. “A presente condenação por crime é incompatível com o exercício e a honorabilidade do cargo público de Procurador da Câmara de Vereadores de Jaguariaíva, de quem se espera conduta ilibada, bem como incompatível com a honra, nobreza e dignidade da advocacia, por isso decreto a perda do cargo público ocupado pelo acusado Nivaldo Lucas Filho”, confirma a decisão.

Para o advogado Fernando Madureira, que atuou como assistente de acusação e representa a vítima das agressões há 14 anos, "a condenação dos acusados era esperada, visto que a tentativa de homicídio ocorreu de maneira extremante covarde, pois a vítima foi alvejada por diversas vezes enquanto estava caída no chão e após quando terceiros tentavam levá-la para o hospital um dos réus tentou a impedir o socorro", relembrou Madureira.

O caso

Segundo o inquérito do Ministério Público (MP), a tentativa de homicídio ocorreu por conta de uma desavença entre Nivaldo Filho e Renato, que já vinha ocorrendo há algum tempo. Em 15 de março de 2009, após novo desentendimento em um bar na rua Nicanor Soares, Nivaldo e o filho saíram e retornaram ao local em um Chevrolet Celta "já partindo para cima da vítima, passando a agredi-la com socos e pontapés, tendo a vítima caído ao chão. Neste instante, enquanto o denunciado Nivaldo Netto agredia a vítima, o denunciado Nivaldo Filho, já de arma em punho, disse à Renato: "Mexa comigo agora!", passando a efetuar disparos de arma de fogo contra a vítima, a qual estava caída no chão", revela a denúncia.

As agressões continuaram mesmo após a vítima caída e ferida. "Ao tentar se levantar e se desvencilhar das agressões praticadas, Renato foi novamente alvejado pelo denunciado Nivaldo Filho, que efetuou outros dois disparos, descarregando a arma de fogo contra a mesma, que não conseguiu se levantar", completa. A vítima só conseguiu ser levada ao hospital após ajuda de testemunhas que levaram Renato até o seu veículo. Ainda sim, segundo o MP, a vítima foi agredida e ameaçada. "Você não conhece o Dr. Nivaldo. Isso é pra você saber quem é o Dr. Nivaldo", teria dito o procurador.

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