Contação de história abre 'novo mundo' em São João do Triunfo
Estímulo da leitura, escrita, criatividade e coletividade, com acessibilidade a aluno com DV, foi a proposta do 4º ano B da Escola Professor Sebastião Antunes Ferreira em amplo projeto semestral
Publicado: 25/07/2023, 11:30
O quarto ano B da Escola Municipal Professor Sebastião Antunes Ferreira, em São João do Triunfo, da professora Silvana da Aparecida dos Santos, desenvolveu um projeto de contação de história durante o primeiro semestre. A docente destaca os principais tópicos do trabalho que contou com a promoção da acessibilidade a um dos alunos, que possui deficiência visual total (DV).
“O presente projeto teve início na biblioteca, onde os alunos apreciaram os livros e cada um escolheu um livro para realizar a leitura. Em sala de aula, discutiram como seria definido o trabalho de contação de história. Primeiramente, foi realizada a leitura e definida a ordem das produções. Os alunos levaram o livro escolhido para casa e preparam suas apresentações”, relata a educadora.
Silvana explica que, uma vez por semana, um aluno iria às salas de aulas e realizava apresentação de forma caracterizada, usando fantoches e alegorias pertinentes à história. Os professores das demais turmas, que receberam o contador, poderiam utilizar a narrativa ouvida em uma produção de texto ou interpretação, incluindo em sua prática pedagógica.
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“A leitura e a escrita são, de longe, dos maiores desafios das escolas, visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler, a utilização da escrita em contextos sociais e a inserção da criança no mundo letrado. Essa prática é muito importante, pois promove o desenvolvimento cognitivo e social da criança, melhorando suas capacidades de comunicação, diferente da leitura comum. A contação de história permite improviso e interação com o ouvinte, o que torna muito mais envolvente e prazeroso”, aponta a professora.
Para fechar, a docente cita que o projeto contribuiu para ampliar o vocabulário, além de promover acessibilidade ao aluno que tem deficiência visual total, com a verbalização descritiva dos detalhes que compõem a narrativa possibilitando que as crianças com DV construam imagens mentais e ‘visualizem’ todos os elementos que fazem parte da história. “Certamente, será um importante diferencial que envolverá ainda mais as crianças nesse momento mágico, abrindo portas para ampliar o conhecimento de mundo das crianças que não enxergam”, conclui a educadora.
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