Coluna Fragmentos: A CPT e a telefonia em Ponta Grossa | aRede
PUBLICIDADE

Coluna Fragmentos: A CPT e a telefonia em Ponta Grossa

A coluna ‘Fragmentos’, assinada pelo historiador Niltonci Batista Chaves, publicada entre 2007 e 2011, retorna como parte do projeto '200 Vezes PG', sendo publicada diariamente entre os dias 28 de fevereiro e 15 de setembro

Em 03 de agosto de 1975 a CPT publicou um anúncio no JM no qual se desculpava pelos transtornos causados com a justificativa de melhoria nos serviços prestados pela Companhia
Em 03 de agosto de 1975 a CPT publicou um anúncio no JM no qual se desculpava pelos transtornos causados com a justificativa de melhoria nos serviços prestados pela Companhia -

João Gabriel Vieira

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Nos meados da década de 1960 uma grande discussão a respeito dos serviços prestados pela Companhia Pontagrossense de Telecomunicações, concessionária responsável pelos serviços de telefonia em Ponta Grossa, agitou o cotidiano princesino. Em 1965, em pleno governo Costa e Silva e em um momento de transformações no campo das comunicações – considerada uma questão de segurança nacional pelos militares –, a CPT passou a ser pressionada para que substituísse o sistema telefônico na cidade.

No lugar do antigo sistema que obrigava os usuários a dependerem de uma telefonista para completar qualquer chamada, diversos setores passaram a cobrar da CPT uma modernização em seus equipamentos e a passagem para um modelo automático de discagem, o qual, ao eliminar a figura da telefonista, tornava mais ágil o contato entre os usuários.

A demora por parte da CPT (uma empresa de economia mista, da qual a prefeitura era a maior acionista) para a efetivação dessa mudança fez com que a sociedade se mobilizasse e pressionasse a concessionária a efetivar a troca. Os jornais e as emissoras de rádio ponta-grossenses encamparam a causa e promoveram debates o tema em suas páginas e programas jornalísticos. A Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa funcionou como uma espécie de órgão coordenador das ações, convocando reuniões entre representantes da sociedade e dirigentes da CPT. Apesar disso, o sistema automático seria instalado apenas em 1967, no dia 15 de setembro, como parte das solenidades do aniversário da cidade.

Da mesma forma que ocorreu com a Cia. Prada de Eletricidade, concessionária de eletrificação que atendeu Ponta Grossa entre 1923 e 1973 – quando foi substituída pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) –, a CPT acabou desativada e incorporada a Companhia de Telecomunicações do Paraná (Telepar), que assumiu os serviços de telecomunicação na cidade a partir de 1977.

A deficiência de estrutura, as exigências de melhorias e de investimentos constantes e, principalmente, a política nacional no campo das telecomunicações são os motivos que levaram ao fechamento da CPT.

.

O material original, com mais de 170 colunas, será republicado na íntegra e sem sofrer alterações. Por isso, buscando respeitar o teor histórico das publicações, o material apresentará elementos e discussões datadas por tratarem-se de produções com mais de uma década de lançamento. Além das republicações, mais de 20 colunas inéditas serão publicadas. Completando assim 200 publicações.

Publicada originalmente no dia 26 de julho de 2009.

Coluna assinada por Niltonci Batista Chaves. Historiador. Professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE