Jogos amplia aprendizado e gosto pela matemática em Irati
‘Caixa de Desafios’, ‘Sorvetinho da Tabuada’ e ‘Álbum de Figurinhas da Turma’ são dinâmicas aplicadas no 5º ano da Escola Rural Esperança Carignano Chuilki que vem apresentando resultados
Publicado: 29/10/2022, 13:07
A Matemática vem sendo alvo de atividades lúdicas e jogos que despertam o interesse dos alunos do 5º ano da Escola Rural Municipal Esperança Carignano Chuilki, em Irati. A professora Cassia Andressa Rodrigues Pedrozo comenta que sempre que é possível são utilizados recursos que tragam motivação dos alunos na disciplina, percebendo que nos diferentes níveis da Educação Básica essa área conta com um bloqueio, nem sempre ligado à dificuldade ou complexidade do conteúdo.
“A fluência na disciplina depende de vários fatores como: concentração, domínio de conteúdos básicos, estímulos em casa e, principalmente, a forma como os conteúdos são transmitidos. É preciso transmitir segurança aos estudantes, desafiá-los ao invés de dizer que determinado conteúdo é difícil, propor novos caminhos para resolver as mesmas situações e sempre se questionar sobre o resultado encontrado. Pensando nisso, o uso de jogos e desafios vêm sendo produtivo durante as aulas, bem como jogos online como tarefa de casa”, aponta a docente.
Um dos desafios, relata a educadora, foi a defasagem deixada pelo ensino remoto, como o domínio da tabuada e operações fundamentais. Assim, para ter mais dedicação dos educandos, adotou-se algumas estratégias que deram bons resultados. O primeiro foi ‘A Caixa de Desafios’, consistindo em uma caixa com várias atividades impressas: cruzadinhas, labirintos, caça-palavras, entre outros.
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“Os desafios são usados quando os alunos terminam suas atividades e precisam esperar que outros terminem. Além de passar o tempo até que os demais colegas terminem as tarefas, o estudante está desenvolvendo a concentração, o raciocínio lógico e a retomada de conteúdos básicos”, elenca Cassia.
Outro é o ‘Sorvetinho da Tabuada’, combinado entre educadora e educandos para se tomar a tabuada diariamente. “Os alunos têm a tarefa diária que é estudar as tabuadas do dois ao nove e ‘ganham uma folga’ quando levam o sorvetinho da tabuada. Por exemplo, o aluno que leva para a casa o sorvete com a tabuada do seis, deve estudar somente a tabuada do seis e tê-la na ponta da língua no dia seguinte. Sempre que todos os alunos acertam a tabuada a turma é premiada com um momento livre de atividades na quadra esportiva”, explica a professora.
Complementando, há o ‘Álbum de Figurinhas da Turma’, como um incentivo não apenas à matemática, mas no comportamento geral da turma. “Adaptou-se o álbum e as figurinhas da Copa com as fotos dos alunos, das professoras e da equipe gestora da escola. Cada estudante recebeu um álbum e é premiado com uma figurinha quando se destaca pelo comportamento, pelo desempenho nas atividades e pelo domínio da tabuada. Além de despertar o interesse dos alunos, o álbum servirá de lembrança dos colegas visto que nem todos estarão na mesma escola no próximo ano”, pontua a docente.
Para fechar, Cassia cita que as estratégias tem intensificado o estudo dos alunos, que passaram a cobrar seus colegas para que estudassem. Com as figurinhas, há uma competição saudável na turma, pois todos querem completar o álbum. “Desde então, ao chegar em sala de aula, a primeira coisa que os alunos me perguntam é ‘que horas vai ser a tabuada?’, pois querem mostrar que estudaram para ganhar uma figurinha”, conclui a professora.
Quem também comentou o trabalho foi a coordenadora pedagógica Eliane Maria Stroparo, citando as metodologias diferenciadas utilizadas por Cássia para ensinar a matemática. “Percebeu-se que os alunos do 5º ano estão melhorando cada dia mais, aprendendo a aprender matemática de forma divertida, dinâmica, prazerosa, como é o caso da tabuada, que é um desafio muito grande para a escola, fazer com que a criança aprenda e utilize os conceitos matemáticos na sua vida cotidiana”, cita a pedagoga.
Ainda, Eliane aponta que o trabalho permite que os alunos se sintam mais animados para realizar tarefas em sala de aula, mas também em casa. “Sendo assim, percebeu-se que essa metodologia diferenciada está fazendo a diferença na vida dos alunos”, finaliza a coordenadora pedagógica.
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