Projeto no Integração trabalha com alfabetização cartográfica
Conceitos de Geografia, como plantas baixas e maquetes, foram amplamente estudados e desenvolvidos em turma do Colégio de Ponta Grossa
Publicado: 09/08/2021, 19:24
Conceitos de Geografia, como plantas baixas e maquetes, foram amplamente estudados e desenvolvidos em turma do Colégio de Ponta Grossa
As aulas de Geografia do 2º ano do Colégio Integração, em Ponta Grossa, ganharam divertidos e importantes contornos para trabalhar os tipos de visões na Geografia. A professora da turma, Adriane Aparecida Alves, comenta os principais aspectos do trabalho, com foco na alfabetização cartográfica. A atividade teve a orientação da coordenadora Amanda Weridyana Uller e correção do professor Igor Antônio Barreto.
“Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia (BRASIL, 1997), estabelecem que ao final do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, o aluno deve ser capaz de ler, interpretar e representar o espaço por meio de mapas simples. Os alunos das series inicias, antes de trabalhar com mapas, necessitam saber distinguir o local em questão inserido, localizar os objetos, ter noção de espaço. Para isso, precisam trabalhar com atividades que os proporcionem essa habilidade”, destaca a docente.
Nesse contexto, no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, as crianças estão no processo de alfabetização e, segundo a educadora, é de suma importância que a alfabetização cartográfica faça parte dos primeiros anos da vida escolar dos alunos. Trabalhar a interdisciplinaridade, junto à Geografia, além de despertar no aluno a construção dos conceitos cartográficos, também foram tópicos exaltados por Adriane.
“Durante nossas aulas de Geografia, estudamos os tipos de visões que podemos ter de um mesmo objeto. São elas: visão frontal, visão oblíqua e visão vertical. Para que os alunos entendessem os tipos de visões, foi realizada uma atividade, onde os alunos observaram um objeto escolhido por cada um e descrevessem o que estavam vendo em cada uma das visões. Para melhor compreensão, fizeram uma ilustração na apostila de Geografia do objeto observado”, elenca a professora.
Assim, a turma compreendeu que há várias visões de um objeto quando analisadas de ângulos diferentes. A prática proposta pela docente, então, foi de representar a planta baixa da sala de aula. Durante a atividade, a professora e os alunos exploraram objetos que compõem esse espaço, “levando os alunos imaginar à visão da própria sala de aula, se vista na visão vertical”.
“Nessa atividade os alunos estavam um pouco inseguros para representar os objetos da sala. Foi um momento bem importante da atividade, pois os educandos deveriam observar a sala e fazer um desenho do que estavam observando na visão vertical, ou seja, imaginando como veriam os objetos da sala de aula se observada de cima para baixo”, complementa a professora.
Maquetes
Além dos desenhos de planta baixa, outra proposta de Adriane ao 2º ano foi de realizar a maquete de sala de aula – o que, através da primeira atividade, contribuiu para maior facilidade da turma. Assim, foi apresentada às crianças a maquete, com a docente tirando as dúvidas de quem ainda não conhecia o que era.
“Partindo dos conhecimentos prévios dos alunos, a professora foi explorando e mostrando os componentes de uma maquete. Explicando aos alunos que a maquete é a forma reduzida de um determinado espaço, um lugar, entre outros. Para essa atividade, se fez de suma importância a participação dos pais”, cita a educadora.
“Como estamos em pandemia e o momento pede cautela, não foi possível trazer os matérias para o colégio para a confecção da maquete. Então, a professora pediu para que os alunos realizassem a atividade em casa, com a família, salientando a importância de usar materiais recicláveis, objetos de fácil acesso do estudantes”, complementa Adriane.
Para fechar, a docente fala que a atividade foi muito interessando, explorando os conhecimentos e percepção do mundo que nos cerca. Ainda, cita que ações do gênero despertam nos alunos a curiosidade e a observação do lugar onde estamos. Um dos alunos falou sobre essa proposta. “Fiz a maquete com a ajuda do meu pai, usei uma caixa de sapato, papel, cola, tesoura e isopor. Gostei de fazer essa atividade”, aponta o estudante Gabriel B. Teixeira.
“Para representar a planta baixa da sala de aula, alguns alunos tiveram dificuldade em realizar essa atividade, nesse momento pude explorar com eles a importância de olhar as coisas de outra maneira e não apenas o que está a nossa frente, levando-os a observar que podemos ter várias visões dos objetos que nos cercam. Pode se perceber resultados positivos com essa atividade, pois foi uma atividade prazerosa e contribuiu para despertar nos alunos noções e habilidades cartográficas”, conclui Adriane.