Professora destaca ensino da arte na Educação Infantil

Métodos e forma trabalhadas no Infantil IV da Escola Evangélica de Carambeí revelam forma como alunos percebem e interagem com as expressões artísticas

Quais métodos podem ser utilizados para ensinar a arte aos alunos das séries iniciais escolares? No Infantil IV matutino da Escola Evangélica de Carambeí, a professora Natali Santos, à frente da turma, destaca os métodos utilizados em sala de aula para estimular o aprendizado dos pequenos alunos e a importância do tema para sua formação.

“Consideramos que o ensino da arte deve receber uma atenção especial desde o oferecimento da Educação Infantil. Isto porque estamos inseridos em um mundo culturalmente produtivo, do qual sofremos influências desde muito cedo na formação de nosso senso estético. O contato com a arte nesse sentido se torna fundamental para a construção da personalidade da criança”, aponta a docente.

Dentro desse contexto, Natali elenca que a criança aprende a manifestar seu gosto, seja pela imagem, música, falas ou movimentos, dando forma gradativamente às suas maneiras de admirar, gostar, julgar, apreciar e, também, expressar-se através de diferentes manifestações culturais - que, dentre elas, estão as obras de arte.

“Por esse motivo, ao pensar o planejamento busco proporcionar às crianças o contato com diferentes formas de fazer arte utilizando, para isso, diferentes materiais. No início do ano letivo trabalhei de maneira mais direcionada sobre o ofício dos artistas através da observação de algumas obras. Muitas pessoas consideram que para as crianças pequenas, as obras não representam nada significativo. Mas, isso é um equívoco”, conta a professora.

Como professora, diz a docente, há a percepção de uma sensibilidade muito forte das crianças em relação às pinturas, devido ao fato de não terem medo de expressarem o que sente ao analisarem estas obras. Assim, Natali busca reforçar em sua turma que cada um é um verdadeiro artista, através de pressupostos trazidos pela professora, como quebra do padrão estético do que é belo, pois acredita influenciar negativamente no desenvolvimento da imaginação.

“Apesar de ser uma atividade ‘livre’, há sempre a mediação, mas sem a imposição do que é certo ou errado, respeitando o conceito de belo da cultura infantil”, complementa a educadora. Assim, a cada semana, são trabalhadas duas técnicas ou materiais diferentes em sala de aula. Observa-se, segundo Natali, como as crianças utilizam os materiais e a forma como acabam modificando as técnicas escolhidas.

“Nesse sentido, não trabalhamos apenas com tinta ou com lápis de cor. Há a preocupação de sempre estar ampliando as experiências. Utilizamos conta gotas, esponjas, canudos, elementos naturais como folhas, pedras, além de figuras vazadas, giz molhados e objetos diversos que ajudam na composição das obras, muitos deles escolhidos pela própria criança. Esse processo é fundamental para o desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação e da criação”, pontua a docente.

Por fim, Natali resumo a importância do tema e como ele atinge a Educação Infantil. “Temos claro que o papel do educador não é apresentar a arte para as crianças como fragmentos de uma cultura, mas sim de ampliar a sua percepção, desenvolvendo o pensamento da criança sobre o mundo, sobre si própria e estimulando nela as expressões de linguagens mais variadas”, conclui a professora.

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