Dono de escola de PG fica gravemente ferido após ser atacado por carneiro
Proprietário do Colégio São Jorge, Cesar Resende está internado em estado grave em um hospital da cidade
Publicado: 28/04/2025, 09:34

O diretor e dono do Colégio São Jorge, Cesar Resende de Oliveira, está em estado grave no hospital após sofrer um ataque de carneiro durante o último Domingo de Páscoa (20), na cidade de Ponta Grossa. Cesar se encontrava em sua fazenda quando o carneiro que ele costumava cuidar iniciou um ataque que causou múltiplas fraturas em seu corpo. O diretor precisou realizar vários procedimentos cirúrgicos e segue sem previsão de alta.
De acordo com relatos dos familiares, o carneiro, que era acostumado até mesmo a comer diretamente da mão das pessoas, derrubou o professor e desferiu diversos golpes de cabeça na vítima. César teve uma série de ferimentos, como fratura exposta na costela e na perna, machucados por todo o corpo, o seu dedão do pé acabou pendurado e ele sofreu hemorragias devido aos ferimentos.
O diretor precisou passar por cirurgias de emergência, onde precisou retirar o baço e amputar seu dedão, além de lidar com todos os problemas relacionados as hemorragias e as fraturas expostas. Cesar segue internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em estado grave. Apesar de apresentar sinais estáveis, o professor permanece desacordado, sendo alimentado por sonda.
FAMÍLIA DENUNCIA DESCASO - A família de Cesar Resende denunciou ao Portal aRede o descaso enfrentado durante o processo de socorro do diretor. Conforme o relato de Brenda Koehler de Oliveira, filha de Cesar, os familiares tentaram entrar em contato incessantemente com os serviços do Samu, da polícia e doCorpo de Bombeiros, mas em nenhum momento conseguiram falar com algum dos três órgãos.
Devido à falta de assistência, o socorro precisou ser realizado por uma tia de Brenda, por meio de um automóvel. A família insistiu nas ligações aos serviços de atendimento mesmo durante o deslocamento ao hospital, mas não obtiveram retorno. Segundo os relatos dos familiares, Cesar permaneceu acordado e em estado de choque o tempo todo.
Revoltada, Brenda escreveu uma nota de repúdio, destacando o abandono e o desespero vivido pelos familiares durante o socorro ao diretor. No texto, a família destaca todos os problemas causados pela falta de amparo na situação.
CONFIRA A NOTA DA FAMÍLIA NA INTEGRA - No último domingo, 20 de abril de 2025, dia de Páscoa, nossa família viveu momentos de desespero absoluto e abandono. Em meio a uma situação gravíssima de saúde, não conseguimos contato com nenhum serviço de emergência – SAMU, Siate e Polícia estavam todos inacessíveis.
Diante da total falta de assistência pública, fomos obrigados a colocar meu pai, gravemente ferido, dentro de um carro particular para levá-lo às pressas até o hospital.
Ele apresentava fratura exposta na perna, o dedão do pé pendurado, costelas fraturadas e diversos ferimentos pelo corpo. Chegou à Unimed em estado de choque, e imediatamente foi levado para uma cirurgia de emergência.
As consequências dessa falha no socorro são devastadoras: ele teve hemorragia interna, precisou retirar o baço, sofreu amputação do dedão do pé esquerdo, está com fraturas severas na perna e costelas quebradas. Desde domingo, permanece na UTI, lutando pela vida.
É inadmissível que, em pleno 2025, em uma cidade de porte considerável, os telefones de emergência simplesmente não funcionem. Meu pai só está vivo por um verdadeiro milagre. A falha absurda do sistema de atendimento de urgência quase nos custou uma vida.
Exigimos respostas e providências imediatas. Quantas pessoas mais precisarão sofrer ou morrer para que o mínimo de dignidade no atendimento de emergência seja garantido?
Estamos encaminhando esta denúncia aos portais de notícias, jornais e emissoras de TV, porque não podemos permitir que algo tão grave passe em silêncio.
A vida das pessoas não pode depender da sorte.
NOTA REDAÇÃO - O Portal aRede aguarda um posicionamento dos serviços citados na nota acima sobre o caso de Cesar Resende. Esta matéria será atualizada assim que houver uma resposta dos órgãos mencionados.