Homem é solto após 17 dias preso por engano em Ponta Grossa | aRede
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Homem é solto após 17 dias preso por engano em Ponta Grossa

Ele era acusado pela ex-convivente de ter ateado fogo na própria casa

O homem ficou preso por 17 dias
O homem ficou preso por 17 dias -

Milena Batista

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Um homem ficou preso por 17 dias em Ponta Grossa, após ser acusado pela ex-convivente de atear fogo na própria casa. Conforme o seu advogado, Piero Mocelim, a mulher relatou à polícia que o homem disse que a mataria se ela contasse para alguém que ele teria sido o autor do crime. Com isso, o homem foi autuado por tentativa de constrangimento ilegal, por lesão corporal em virtude de que a vítima também disse que ele teria a enforcado e mordido seu rosto, além de supostamente causar um incêndio.

No entanto, após diligências realizadas pela defesa do acusado, o advogado constatou, em sede de Inquérito Policial, que a ex-convivente de seu cliente faltou com a verdade. “Em especial por afirmar que dormia na casa quando começou a pegar fogo e que estava sóbria. Entretanto, testemunhas afirmaram que viram a mulher discutindo com o indiciado e ela foi flagrada em um bar momentos antes do incêndio, sem contar que havia quebrado os retrovisores do veículo dele durante uma briga”, contou Piero.

O advogado afirma que, quando o homem percebeu que a suposta vítima estava descontrolada, ele saiu do local e foi até a casa, optando por tirar os filhos e a sobrinha dela da residência, bem como o seu filho, para poupá-los de serem constrangidos. Ele levou as crianças para a casa de sua cunhada. “Esse percurso de ida e volta durou cerca de uma hora. Assim que o meu cliente retornou ao local, diversas testemunhas viram que a casa já estava pegando fogo e que ele de fato não tinha envolvimento, muito menos teria a agredido. Mas isso só pôde ser elucidado dias após o flagrante”, declarou Mocelim.

Piero informou haver relato de que a vítima, supostamente, já teria tentado atear fogo em uma casa do indiciado.

“Sob conhecimento destas informações, fui até a 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP), me manifestei nos autos do inquérito, realizei diligências junto ao Ministério Público e o Poder Judiciário e, 17 dias depois, meu cliente teve a liberdade retomada”, disse o advogado. Piero afirma ter sido um grande alívio, sobretudo pelo homem ser inocente e estar preso.

Atualmente, a investigação segue para apurar a conduta da ex-companheira do homem, em virtude da prática dos crimes previstos nos artigos 250 (causar incêndio) e 339 (denunciação caluniosa), ambos do Código Penal. 

Sob supervisão de Mário Martins

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