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Tribunal absolve Michele Hartman por tiro em ex-policial

O julgamento apontou que Michele agiu em legítima defesa. O policial já havia sido condenado anteriormente por tentativa de homicídio contra o marido de Michele

Advogados de defesa destacam que resultado do Tribunal do Júri foi justo
Advogados de defesa destacam que resultado do Tribunal do Júri foi justo -

Kadu Mendes

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Em sessão realizada nesta terça-feira (27), o Tribunal do Júri, por unanimidade de votos contados, absolveu Michele Hartman, que respondia por tentativa de homicídio contra o ex-policial militar Herivelton dos Santos Martins, o qual, em dezembro de 2022, invadiu a casa de Michele e tentou matar o marido dela, Everton José Hass - relembre.

Para os advogados de defesa, Angelo Pilatti Junior e Caroline Zampieri, o resultado do julgamento foi justo. "Aguardávamos a respeitosa decisão do Conselho de Sentença, que acatou a nossa tese e a senhora Michele foi amparada legalmente pelo que chamamos de excludente. Agora pode prosseguir sua vida e deixar esse triste evento para trás", disse o advogado Angelo Pilatti Junior. Ele ressalta que fez questão de trabalhar ao lado da neta, Caroline Zampieri, para que "a Michele fosse julgada pelo tipo penal da denúncia do Ministério Público, jamais por sua vida pessoal", finalizou.

RELEMBRE O CASO - Conforme denúncia criminal apresentada pelo Ministério Público, na noite de 12 de dezembro de 2022, após desentendimentos pessoais, o ex-policial Herivelton dos Santos Martins tentou matar o empreário Everton José Hass com disparos de arma de fogo. Everton estava em casa, ele foi atingido em regiões vitais, mas resistiu aos ferimentos. O MP denunciou ainda Michele Hartman, esposa de Everton, por ter atirado contra o ex-policial Herivelton, vindo a atingir-lhe o tórax. Contudo, Michele foi absolvida pelo Tribunal nesta terça-feira, que acatou a tese da defesa que alegou que Michele agiu em legítima defesa.

Já Herivelton dos Santos Martins, em julho de 2023, foi condenado a oito anos de reclusão em regime semiaberto. O MP havia denunciado o ex-policial por tentativa de homicídio qualificado pelo motivo torpe e por uso de recurso que dificultou defesa da vítima. Contudo, em julho deste ano, após recurso de apelação apresentado pelo assistente de acusação Fernando Madureira, que representa a vítima, a pena de Herivelton aumentou para nove anos e seis meses de reclusão em regime fechado - veja aqui.

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