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Polícia Civil conclui caso do casal que foi morto por engano em PG

Todos os envolvidos na morte de Luiz e Rubiane foram indiciados pela prática de homicídio qualificado; o caso aconteceu em 30 de setembro de 2023

O jovem casal foi morto por engano em 2023
O jovem casal foi morto por engano em 2023 -

Milena Batista

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A Polícia Civil de Ponta Grossa concluiu as investigações relacionadas ao homicídio do jovem casal Luiz Arthur Bach Xavier e Rubiane Aparecida Mayer. Eles foram mortos por engano no interior de sua residência enquanto estavam dormindo, em 30 de setembro de 2023, no Jardim Europa, em Ponta Grossa - relembre aqui. De acordo com os oficiais, dois homens se uniram com o objetivo de matar o vizinho do casal.

INVESTIGAÇÃO - Foi apurado que um dos mandantes teria a intenção de matar o vizinho das vítimas por ciúmes, pois o mesmo já teria mantido um relacionamento amoroso com a sua atual companheira. Já o outro mandante, desejava a morte do homem por conta de uma prisão sofrida em 2019, na qual ele acreditava ter sido delatado pelo homem, que também foi preso na ocasião, ambos por tráfico de drogas.

De acordo com os agentes, na noite do crime, um dos mandantes esteve em uma conveniência localizada no bairro Boa Vista e, com a ajuda do proprietário do estabelecimento, contratou pelo menos três indivíduos para executarem o crime. A polícia afirma que está sendo apurado o envolvimento de um quarto homem, identificado como executor, cuja suspeita é de que já estivesse previamente ajustado com os mandantes.

Os policiais informaram que um dos presos relatou que receberia o valor de R$ 1.000 mil pela prática do homicídio, mas, como o grupo matou as pessoas erradas, o valor reduziu para R$ 400. Há suspeita de que todos os executores tenham recebido a promessa de um pagamento.

O CRIME - Após definirem o plano criminoso, quatro homens se deslocaram para o local do crime em um veículo Fiesta, de cor preta. O carro foi flagrado por câmeras de segurança e acabou apreendido na terceira fase da operação policial. 

Conforme os oficiais, ao chegarem no local, os executores visualizaram a motocicleta do homem que desejavam matar estacionada em frente a residência de Luiz Arthur e Rubiane. Em seguida, eles invadiram a casa e efetuaram diversos disparos de arma de fogo em direção ao casal. As vítimas estavam dormindo no momento da invasão.

A polícia confirma que Luiz e Rubiane não tinham qualquer envolvimento criminal. Após o crime, os executores retornaram para a conveniência, onde receberam a informação de que seriam pagos depois de uma confirmação através da mídia, de que o plano havia sido cumprido.

VÍDEO
Delegado Luís Gustavo Timossi traz informações do caso | Autor: Divulgação/PC-PR.
 

MORTOS POR ENGANO - Segundo a corporação, ao verificarem o erro na execução do crime, o valor do pagamento foi reduzido. Foi constatado que, na  sequência, três dos envolvidos mudaram de Estado em uma tentativa de não serem identificados. Ao longo das investigações, foram apreendidas duas armas de fogo, que aguardam o resultado da perícia para confirmar se o armamento foi utilizado no dia do crime.

De acordo com o delegado Luís Gustavo Timossi, tratava-se de um casal jovem, que teve os seus sonhos e inspirações interrompidas de forma brutal, pela torpeza de indivíduos que não possuem nenhum respeito pela vida humana. Na casa das vítimas, a existência de vários materiais de estudo para o concurso do Corpo de Bombeiros chamou a atenção do delegado. Os materiais eram de Luiz, que após ter iniciado uma vida conjugal com Rubiane, buscava melhores condições de vida para sua família.

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CONCLUSÃO - Todos os envolvidos na morte de Luiz e Rubiane foram indiciados pela prática de homicídio qualificado mediante pagamento ou promessa de recompensa, por motivo fútil e praticado com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas, na forma do art. 121, §2º, incisos I, II e IV do Código Penal.

Um dos investigados também foi indiciado por coação no curso do processo, pois ameaçou uma das testemunhas para evitar ser identificado, na forma do art. 344 do Código Penal.

As penas pelo crime podem chegar a sessenta anos de prisão.

Sob supervisão de Mario Martins, com informações da Polícia Civil

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