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Membros do Conselho de Saúde vão mudar voto para viabilizar UPA

Repercussão negativa do caso da votação contra a abertura de uma nova porta de atendimento as urgências da saúde fez entidades mudarem o posicionamento

Obras da UPA Uvaranas devem ser concluídas no final de agosto
Obras da UPA Uvaranas devem ser concluídas no final de agosto -

Carlos Eduardo Mendes

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Após a repercussão negativa da votação contrária a abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Uvaranas, por parte do Conselho Municipal de Saúde (CMS), algumas das entidades vão mudar o voto. A informação foi apurada pela equipe de jornalismo do Portal aRede.

Os órgãos que mudarão o voto alegam que os seus respectivos representantes não haviam discutido o tema da votação dentro dessas entidades. Dessa forma, uma das organizações que ocupa uma das cadeiras do CMS solicitou uma reunião extraordinária.

Em um primeiro momento, a presidente do CMS, Gizelle Cheremeta, convocou uma reunião extraordinária para a segunda-feira (22) - relembre. Todavia, o encontro que ocorreria no início da próxima semana foi cancelado, nesta sexta-feira.

A presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Priscila Degraf, disse não saber o motivo do cancelamento da reunião. "Todo o Conselho está sem entender o motivo do cancelamento, não teve uma justificativa até o momento", disse Degraf ao Portal aRede.

ENTIDADES SE MANIFESTAM - A Associação Garagem da Mulher, que ocupa a cadeira da presidência do Conselho Municipal da Saúde, na pessoa de Gizelle Cheremeta, e votou contra a abertura da nova unidade de saúde, publicou uma nota em que afirma ser favorável a abertura da UPA Uvaranas. "O posicionamento dos conselheiros que votaram contrariamente, bem como, de sua representante, não refletem a posição da Garagem da Mulher", consta na nota.

A Garagem da Mulher ainda ressalta que a representante da associação na votação,Gizelle Cheremeta, sempre se pautou em critérios técnicos nas votações e exerce papel de fiscalização do Poder Público na área da saúde. "Somos favoráveis a qualquer medida que ajude a população na área da saúde", escreve a associação na nota.

O diretor presidente do Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos e de Fretamento de Ponta Grossa e Região (Sintropas-PG), Luiz Carlos de Oliveira, o 'Luizão', também se manifestou. Cabe lembrar que o Sintropas votou contra a abertura da UPA Uvaranas. O presidente da entidade acredita que o Conselho Municipal de Saúde, por ser deliberativo é isento, mas tem responsabilidades. "O Sintropas tem um conselheiro que tem uma cadeira efetiva [no CMS], que foi eleito [...] as pressões que chegaram até mim hoje para que mudássemos o voto, não resolve esse tipo de pressão", disse.

Contudo, Luizão afirma que as entidades que compõe o CMS precisam dialogar para tentar reverter a situação, pois a população não pode perder com o que ele chamou de "briga". O presidente do Sintropas foi franco ao dizer que não sabe se essa votação pode ser revista, mas solicitou que se o assunto voltar à pauta, que o Conselho debata com calma. "Se esse assunto voltar à mesa, eu solicito para todos os atores envolvidos que ajam com tranquilidade e busquem com parcimônia, uma alternativa para o problema [...] porque o 'povão' não pode perder novamente", reforçou Luizão.

LIDERANÇAS REAGIRAM - As principais lideranças políticas de Ponta Grossa reagiram contrariamente à decisão do Conselho Municipal de Saúde. O Jornal da Manhã detalhou o posicionamento dos líderes políticos e também como foi a votação do Conselho - clique e confira.

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