UEPG recebe pesquisadores de universidade de Kyoto
Encontro aconteceu para celebrar a parceria entre as universidades do Brasil e do Japão
Publicado: 03/07/2024, 04:30
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu uma comitiva de pesquisadores japoneses da Kyoto Prefectural University (KPU) para celebrar a parceria entre as universidades do Brasil e do Japão, com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti-PR) e da Fundação Araucária (FA), nessa terça-feira (02).
O vice-reitor da UEPG, Ivo Mottin Demiate, declara que é uma alegria imensa receber a comitiva da KPU, e antecipa: os alunos podem se preparar e estudar para o momento em que as universidades terão uma interação maior, incluindo mobilidade acadêmica e de professores e pesquisadores. “A gente sabe da qualidade da pesquisa, da ciência e tecnologia no Japão. Eles sempre foram muito receptivos. Eu tive uma experiência lá há muito tempo e foi muito marcante para toda a construção da minha história aqui na universidade, na pesquisa”, comenta. “O professor Miguel esteve numa missão no Japão, nós estamos alinhando grandes novidades e grandes parcerias para a UEPG, para o estado do Paraná, junto a mais essa universidade japonesa”, finaliza Demiate.
Michiyo Yamaguchi, vice-reitora da KPU, e André Freire Cruz, professor da KPU puderam conhecer a UEPG na manhã desta terça-feira e participar de duas mesas de discussão preparadas especialmente para eles: “Letras e Ciências Sociais: oportunidades de colaboração com a UEPG”, coordenada pela diretora do Escritório de Relações Internacionais da UEPG (ERI), professora Sulany Silveira dos Santos e com apresentação de Yamaguchi; e “Produção de alimentos e futuro sustentável”, coordenada pela professora Jesiane Batista, com apresentação do professor Freire Cruz.
A visita da comitiva da KPU faz parte de uma programação que visa dar continuidade às tratativas iniciadas durante a missão ao Japão realizada pela comitiva de brasileiros que esteve em diversas cidades japonesas, no início deste ano. Na ocasião, Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG, declarou que há um vínculo permanente entre os dois países, algo que vai além dos processos de imigração do passado. Yamaguchi, encantada com a sua primeira visita ao Brasil, saiu de um verão úmido e quente para encontrar uma onda de frio na região Sul do Brasil. “As pessoas foram tão amigáveis e gentis que eu esqueci esse frio”, comenta. “Estou muito feliz por poder estreitar os laços de amizade entre a Universidade da Província de Kyoto e a UEPG. Espero que possamos avançar para estabelecer um termo de cooperação entre as duas universidades”. Yamaguchi agradece pela colaboração com a Fundação Araucária e enfatiza que já espera os estudantes brasileiros em Kyoto.
O vínculo entre a UEPG e a KPU será, a partir de agora, fortalecido nas áreas definidas como potenciais para o desenvolvimento das pesquisas em conjunto e troca de tecnologias. Isso se dá pelo desejo das universidades japonesas em assinar termos de cooperação com as estaduais do Paraná voltados à mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores que falam português.
A diretora do ERI, professora Sulany dos Santos, declara que a visita da KPU abre portas para o estabelecimento de parcerias formais com a UEPG, possibilitando o intercâmbio de alunos, professores e pesquisadores. “Acordos de pesquisa conjunta podem ser firmados, unindo as expertises de ambas as instituições para o desenvolvimento de projetos inovadores e de alto impacto”, afirma. Segundo a diretora, isso gera oportunidades únicas para alunos de pós-graduação e pesquisadores, além de contribuir para o avanço do conhecimento em áreas estratégicas, atraindo talentos de todo o mundo, “elevando o prestígio da instituição e a qualidade da sua comunidade acadêmica”.
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Além do foco na área de Letras, existe um especial interesse na área de Agronomia voltada para o tema dos alimentos funcionais. O Paraná tem estruturado o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Alimentos Saudáveis, que envolve pesquisadores das universidades e centros de pesquisa e, também, de ambientes de inovação, como o Parque Científico e Tecnológico de Biociências (Biopark), em Toledo, na região Oeste do estado.
Para o assessor de relações institucionais e cooperação internacional da Seti, Paulo Schmidt, que esteve na UEPG representando o secretário Aldo Nelson Bona, a parceria entre o Paraná e a KPU será frutífera. Schmidt reforça o apoio da Seti para que as parcerias aconteçam da melhor forma possível, e declara: “esperamos que essa oportunidade traga uma condição efetiva de desenvolvimento, tanto para as universidades do Japão, quanto para as universidades paranaenses”.
Após a recepção realizada na Sala dos Conselhos, no Campus Uvaranas, os pesquisadores seguiram para as demais atividades e para uma visita técnica na Fazenda Escola Capão da Onça (Fescon), onde puderam conhecer um pouco sobre o manejo do gado bovino e a plantação de trigo.
André Freire Cruz é professor da KPU e está no Japão há 27 anos e desenvolve pesquisas voltadas para a área de Biologia do Solo. Freire Cruz declara que Brasil e Japão podem contribuir muito um com o outro no que diz respeito a uma agricultura sustentável. “O Brasil é um celeiro mundial. Ele produz e exporta muita coisa para o Japão e principalmente no que diz respeito à soja, milho, café e agora tende a melhorar a produção de frango e de carne bovina. Então, são coisas que a gente pode dar sugestões do dia a dia, de sustentabilidade da produção, dicas de como seguir os protocolos japoneses, para fomentar o aumento da exportação e fazer aqui no Brasil, uma produção mais sustentável”, reforça André.
O professor da KPU afirma que as potencialidades de parceria com a UEPG podem englobar transferência de tecnologia e mobilidade de estudantes e pesquisadores.
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Com informações da assessoria de imprensa.