Cristalpet investirá R$ 388 mi em PG e gerará mil vagas de emprego
Planta fabril da multinacional mexicana será instalada às margens da BR-376, na região do Distrito Industrial, gerando cerca de 200 vagas diretas e induzindo outras cerca de 800 indiretas
Publicado: 17/08/2023, 18:31
A Prefeitura de Ponta Grossa assinou, na tarde desta quinta-feira (17), um protocolo de intenções com a multinacional Cristalpet, para a instalação de uma nova indústria na cidade. A empresa, fundada no México há mais de 100 anos, que já está presente no Brasil, atua na fabricação de garrafas de polietileno tereftalato (pet), e construirá em Ponta Grossa a sua maior fábrica no país e a mais moderna do grupo no mundo. O investimento está estimado em R$ 388 milhões, e irá gerar quase 200 vagas de emprego diretas e cerca de 800 indiretas. A planta fabril será construída na região do Distrito Industrial, com acesso pela BR-376, em frente à Bunge Trigo, ao lado de onde irá se instalar outra fabricante de embalagens, a Owens-Illinois, que fabricará garrafas de vidro.
A Cristalpet é responsável por cerca de 70% do mercado estadual em seu segmento de atuação, e enviará seus produtos para fábricas no Paraná (Curitiba e Maringá) e outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul - um de seus principais clientes é a Coca Cola. Um de seus principais diferenciais é a sustentabilidade e a economia circular: a empresa busca captar 50 toneladas de garrafas pet por mês para serem recicladas e serem transformadas em 40 toneladas de pré-forma pet. Esse produto é como se fosse um tubo de ensaio, que é posteriormente destinado para as empresas, onde é ‘soprado’ e ganha o formato da embalagem plástica desejada.
A cerimônia para a assinatura do protocolo de intenções aconteceu na sala de reuniões do Gabinete da Prefeita, onde esteve presente a prefeita, Elizabeth Schmidt, e os diretores/administradores da empresa, Alvaro Maria Queijo Nougue e Rafael Oliveira Madeira Jacques; além do secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Pinto; do secretário de Fazenda, Claudio Grokoviski; do presidente da Câmara, Filipe Chociai, além de diversos vereadores e outros secretários municipais, e lideranças locais.
A prefeita Elizabeth Schmidt destacou a relevância de um investimento como esse para a economia regional, mencionando o aporte como um ‘presente’ para o bicentenário da cidade. “Todo e qualquer investimento que traga emprego e renda é importante. E essa tem uma relevância maior, porque a empresa tem em seu DNA a sustentabilidade, a ESG, porque ela vai fazer a reciclagem de todas as garrafas pet que forem recolhidas. Estaremos em um ciclo maravilhoso, do campo ao copo, porque teremos todo o processo da cerveja aqui na nossa cidade, dos refrigerantes, das águas; então estou muito feliz, porque é um grande presente para a cidade nesses 200 anos”, informou, em entrevista ao Grupo aRede.
Também para a reportagem do Grupo aRede, o administrador da empresa, Alvaro Nougue, destacou que vários motivos incentivaram a escolha da cidade pelo município. “A verdade é que a Prefeitura nos atendeu muito bem. Foram muito rápidos para entender o que se tratava. Então foi esse profissionalismo que nos ajudou a eleger Ponta Grossa. E também a movimentação e o crescimento que se vê aqui; e a logística de rodovias para poder conectar a São Paulo ou fornecedores, então tudo ajudou”, anunciou. “É mais uma empresa vindo para a nossa cidade, gerando muitos empregos e oportunidades. Mas o grande detalhe, é que a Cristalpet vai colocar Ponta Grossa no cenário nacional como a maior recicladora do país”, afirmou o secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Pinto.
Empresa deve começar a operar em 2025
O terreno onde a empresa se instalará já foi adquirido pela Cristalpet. No momento, há o trâmite legal dentro do município, com o Projeto de Lei do protocolo de intenções que será enviado para o Legislativo, que irá votar a sua aprovação. A partir da aprovação da instalação, a empresa também aguarda as licenças ambientais para que possa começar com as obras. A Cristalpet construirá uma unidade fabril com 17,8 mil m², e terá um pátio de aproximadamente 20 mil m² para o armazenamento de embalagens recicladas. A perspectiva é de que a empresa comece a operar em 2025. “Temos que começar a construção, e isso vai levar um ano e meio de construção e chegada de equipamentos (que virão da Europa). Eles já estão comprados e estarão nos entregando no segundo semestre do próximo ano. Quanto aos empregos, serão umas 180 a 200 pessoas, e indiretos, mais de 800 - e se somar as cooperativas que já estão trabalhando, esse número é ainda maior”, detalha.