Júri de PM por tentativa de homicídio acontece nesta quinta

O policial militar Herivelton dos Santos Martins, será julgado pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira, dia 27 de julho, a partir das 8h30 horas, por tentativa de homicídio qualificado pelo motivo torpe e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima praticado contra o empresário Everton José Hass.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, em 12 de dezembro de 2022, por volta das 23h, o acusado Herivelton arrombou o portão da residência da vítima e tentou contra a vida do empresário efetuando quatro disparos de pistola calibre ponto 40, atingindo-o nas regiões vitais, causando ferimentos no tórax e antebraço direito. Segundo o MP, ele não consumou o intento homicida por circunstâncias alheias à sua vontade, tendo em vista que a vítima conseguiu empreender fuga e esconder-se no interior da residência. Depois foi socorrida por sua filha Maria Eduarda Hass, que, para além de impedir que prosseguisse a execução, prestou os primeiros socorros e acionou o Samu.

Segundo o advogado Gustavo Madureira, que atua como assistente de acusação, a motivação do crime seria um envolvimento amoroso entre a mulher do empresário e o acusado Herivelton, “onde o réu inconformado com o fato de a mulher não querer deixar o marido para seguir o romance com o acusado, este resolveu matar a vítima”.

Madureira destacou ainda, que na noite do crime, o acusado não estava de serviço. “E mesmo assim colocou a farda, o colete balístico e se dirigiu às 23 horas à residência da vítima, arrombou o portão, e numa atitude extremante covarde atirou contra a vítima que estava indefesa, isto na frente das filhas da vítima, entre as quais uma criança de apenas sete anos, a qual presenciou o pai ensanguentado quase morrer”, assinalou o advogado.

A esposa do empresário, Michele Hartmann Hass, também foi pronunciada para ser julgada pelo Tribunal do Júri por tentativa de homicídio praticada contra Herivelton, mas recorreu da decisão e o processo está aguardando decisão do Tribunal de Justiça.

Foram arroladas para serem ouvidas no plenário do Tribunal do Júri, duas testemunhas por parte do Ministério Público e da assistência de acusação. Por parte da defesa do réu Herivelton foram indicadas quatro testemunhas, entre elas a esposa da vítima.

Foi instaurado procedimento administrativo pelo Comando da Polícia Militar para apurar a conduta do réu que pode resultar em sua expulsão da corporação.