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Júri Popular do PM acusado de tentativa de homicídio será em julho

Em dezembro de 2022, Herivelton dos Santos Martins teria atirado contra o empresário Everton José Haas

Herivelton dos Santos Martins será julgado no dia 27, a partir das 8h30 da manhã
Herivelton dos Santos Martins será julgado no dia 27, a partir das 8h30 da manhã -

Sebastião Neto

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O policial militar Herivelton dos Santos Martins já tem data para o júri popular sobre a tentativa de homicídio dele contra o empresário ponta-grossense Everton José Haas: o PM será julgado no dia 27 de julho, pelo Tribunal do Júri, por ter atirado e tentado matar o empresário em dezembro de 2022. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (2) pelo advogado de Everton Gustavo Madureira, que atua como assistente de acusação no caso. 

"Este crime hediondo, praticado na calada da noite pelo soldado, o qual invadiu a residência da vítima e desferiu contra a mesma quatro tiros de pistola ponto 40, não pode ficar impune. Ele merece ser condenado pela atitude covarde que praticou e a pena deve ser agravada a pena pelo fato do criminoso ser policial militar e ter o dever de proteger a sociedade", enfatiza Madureira, que destacou a robusta denúncia aceita pelo Ministério Público do Paraná (MP).

Herivelton vai responder por tentativa de homicídio com duas qualificadoras e com pena aumentada por ter praticado o crime na presença das filhas da vítima: de acordo com a denúncia do MP, o policial invadiu a casa do empresário e atirou contra ele em "regiões vitais, causando ferimentos no tórax e antebraço direito, somente não consumando o intento homicida por circunstâncias alheias à sua vontade", destaca a denúncia, que ainda aponta presença da filha, Maria Eduarda, como fundamental para salvar a vida do pai e chamar socorro.

Caso extraconjugal

As investigações do caso apontaram que a invasão da residência no bairro Colônia Dona Luiza teria ocorrido por conta de um caso extraconjugal entre Herivelton e a esposa de Everton, Michele Hartmann, que inclusive também seria julgada na mesma ação: porém, nos últimos dias, a defesa de Michele recorreu da decisão e o processo está aguardando decisão do Tribunal de Justiça (TJ).

"O denunciado agiu impelido por motivo torpe, visto que tentou ceifar a vida da vítima como forma de acerto de contas em razão de uma briga ocorrida durante a tarde, em que a vítima acusou o denunciado de manter um relacionamento extraconjugal com sua esposa", explica Madureira. Além do julgamento na estância cível, o policial militar responde a um processo administrativo no Comando da Policia Militar (PM): a ação pretende apurar a conduta do réu e pode resultar em sua expulsão da corporação. 

Com informações da assessoria

Defesa envia nota ao Portal aRede

A defesa de Herivelton dos Santos Martins, advogada Carolina Follador Barbosa, enviou ao portal aRede carta de repúdio acerca das declarações dadas pelo Gustavo Madureira.

As declarações exaradas pelo assistente de acusação Luis Gustavo Leite Madureira são eivadas de falácias que tentam manipular a opinião pública. Taxar um Policial Militar, com ficha exemplar, 11 anos de serviço público com reputação ilibada, como marginal é simplesmente uma tentativa desesperada de fixar as vestes de monstro em um cidadão de bem.

Como advogada, vejo que tal atitude foge do que preceitua até mesmo o Código de Ética de nossa categoria. Como advogados é inaceitável que se forneça declarações desta estirpe à imprensa. Esta prática se assemelha a uma incitação ao linchamento virtual do acusado, o que é amplamente combatido por qualquer profissional com o mínimo de seriedade.

O espaço adequado para a discussão dos casos é o próprio tribunal. Todos têm o direito constitucional a um julgamento justo, sem manipulações, sejam quais forem.

Na data marcada pelo juízo responsável, dia 27 de julho, a defesa se apresentará em busca que a verdade possa ser estabelecida. 

No Tribunal do Júri lutaremos pela verdade e a Justiça, e quanto a conduta do Assistente de Acusação também serão tomadas as medidas cabíveis.

Viver em um Estado Democrático de Direito antes de tudo, tem fundamento a regras básicas de civilidade, além de respeito às leis e normas atinentes a qualquer profissão. Como conhecedores da lei, não é aceitável que a barreira entre a notícia e o esclarecimento, seja rompida para levantar acusações e promover pré-julgamentos.

Aproveitamos para informar que o Tribunal do Júri trata de ato público e convida a população em geral para poder acompanhar o desfecho desta triste história.

O soldado Herivelton é um profissional exemplar, pai viúvo amoroso, responsável, prestou socorro à vítima, não se evadiu ou tentou fugir de qualquer responsabilidade. Antes de tudo é ser humano passível de respeito. Merece um julgamento justo. E nós não descansaremos enquanto este direito não for respeitado!

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