Paróquia de PG atende moradores de rua com refeições | aRede
PUBLICIDADE

Paróquia de PG atende moradores de rua com refeições

Iniciativa da Igreja São Sebastião vive de doações e do trabalho voluntário; cerca de 850 almoços são servidos

Cerca de 50 voluntários integram o projeto 'A Mãe que Alimenta'
Cerca de 50 voluntários integram o projeto 'A Mãe que Alimenta' -

Da Redação

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

“A fome é um crime, o alimento é um direito”. A expressão contundente consta da mensagem do Papa Francisco enviada este ano à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade: Fraternidade e Fome. O grande convite que a Campanha nos faz - ‘Dai-lhes vós mesmos de comer!’ – é vivenciado desde setembro de 2020 por um grupo de voluntários da Paróquia São Sebastião/Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, em Ponta Grossa. O que começou, sem pretensão alguma, para servir de 100 a 200 marmitas por semana, hoje, distribui 680 pratos de comida. Até dezembro, eram 850 marmitas.

O projeto social 'A Mãe que Alimenta' serve no horário do almoço de todas as segundas-feiras uma refeição a pessoas em situação de rua e gente em estado de vulnerabilidade social, todas com cadastro prévio. Um grupo de 50 voluntários, entre os que participam da paróquia, não católicos e adeptos de outras religiões, trabalha na arrecadação, transporte e separação dos alimentos, além de produzir e distribuir as marmitas. “Como aqui é um santuário diocesano, vem gente de outros pontos da cidade para cá. E de onde eles vêm não interessa. Alguns vêm a pé lá do Bonsucesso. Um senhor caminha quatro horas para chegar”, conta a coordenadora do projeto, que, a exemplo da maioria dos voluntários, prefere manter o anonimato.

“O nosso gesto é muito simples dentro de todo contexto social ao qual a pessoa carente está inserida, mas, mesmo um gesto simples, para quem tem tão pouco ou nada, alivia o coração e o peso da caminhada. Sabemos que quem tem fome não espera, e, como irmãos em Cristo, somos chamados a fazer mais pelo nosso próximo. A caridade enche de paz o coração de quem a pratica e de quem a recebe também. Todos que estão aqui são ajudados a serem pessoas melhores. E quanto mais doamos, mais, entra mais doação. É a mão de Deus”, diz, citando que as doações são feitas na missa, na secretaria paroquial e, até, na casa das pessoas que trabalham no projeto. “Às vezes, na missa, deixam um pacote de sal, como já aconteceu. É quem tem muito pouco ajudando que tem menos ainda”.

E tudo que vem é aproveitado. Os quilos de alimentos são separados para compor cestas básicas, entregues a pessoas cadastradas e visitadas pela equipe. Algumas são repassadas a equipe dos Vicentinos para que façam a distribuição. As doações em maior quantidade são usadas na produção das marmitas, afinal, são cozidos, semanalmente, 60 quilos de arroz, 35 quilos de feijão, 100 quilos de massa de linguiça e preparados 85 quilos de batata. Um empresário, dono de uma casa de hortifrutigranjeiros, ajuda com verduras, cebola e alho. Outro, doa as embalagens para as marmitas. O espaço para a produção, a água e a luz são por conta da paróquia/santuário. “Recebemos também doações das paróquias, como a São João Paulo II, a São José e a São Pedro e São Paulo, de Telêmaco Borba. O dinheiro, quando é doado, nos ajuda a pagar o gás. Dois botijões de 45 quilos não são suficientes para fechar o mês. Mas, é o que eu digo para o nosso pessoal, enquanto nos ajudarem estaremos firmes!”.

Roberto Chriestensen é um dos voluntários. “É gratificante. Há um ano que participo. É uma satisfação enorme ver a alegria deles. Parece tão pouco, mas para eles é muito. E como é no início da semana (a distribuição), a gente acaba passando a semana bem, melhor ainda”, enaltece. A moradora do Jardim Gralha Azul, Nilceia Vaz Lenhart, é atendida pelo projeto desde 2021. Ela ganha seis marmitas toda segunda-feira, para ela, o marido, três filhos e o genro. “Gosto muito das marmitas. Vem bem cheio. Meu marido trabalha durante todo o dia, e, à noite, ele come. Às vezes, divido também com outras famílias o que levo daqui”, ressalta.

As informações são de assessoria

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE