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PG será 'centro' das discussões da prorrogação da Malha Sul

Município que possui o maior entroncamento ferroviário do Sul deverá debater a renovação antecipada da concessão. Será a oportunidade de apresentar demandas locais e sugerir obras

Principal estação da Rumo na região dos Campos Gerais está localizada no bairro de Uvaranas
Principal estação da Rumo na região dos Campos Gerais está localizada no bairro de Uvaranas -

Fernando Rogala

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Investimentos no modal ferroviário estão entre as principais prioridades da nova versão do Plano Estadual de Logística em Transporte (PELT 2035), que foi revisado neste ano. Ponta Grossa, por contar com o maior entroncamento ferroviário do Sul do Brasil, deverá concentrar as discussões sobre melhorias e novos investimentos no modal, especialmente no próximo ano, quando ocorrerão os estudos de prorrogação da Malha Sul, cuja concessão é responsável pela Rumo. Além disso, a Nova Ferroeste trará vantagens para a logística desse modal nos Campos Gerais. 

João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep, que acompanhou todas as discussões para a elaboração do PELT, destacou que essa discussão é de grande relevância para Ponta Grossa, por ser um grande ramal de encontro de composições de vários locais, rota no sentido importação e no sentido exportação. “Ano que vem vão acontecer todos os estudos da prorrogação antecipada da Malha Sul, que é a ferrovia que passa por Ponta Grossa, que liga São Paulo com o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E o grande ponto de encontro da Malha Sul é justamente Ponta Grossa, porque é o caminho da ferrovia de Itararé, que vem de Apucarana, e que vem de Guarapuava”, disse Mohr. Há cerca de dois anos, a Rumo estimou, preliminarmente, investimentos de R$ 10,3 bilhões na prorrogação de contrato, caso venha a ocorrer, a partir de 2027.

Ponta Grossa possui a confluência de cinco linhas férreas, sendo duas que vêm de São Paulo (uma delas desce por Castro); a que vem do Norte do Paraná (Central do Paraná), por onde agora há grande movimentação de celulose; e a que vem de Cascavel, que possui o ponto de intercâmbio com a Ferroeste, além da que vem da Lapa (Estação Engenheiro Bley). A maior estação da Rumo em Ponta Grossa fica em Uvaranas. “É importantíssimo que Ponta Grossa participe ativamente das conversações sobre a prorrogação, para expor as necessidades, por onde vai passar, os pontos de melhoria, como a construção de viadutos e trincheiras para que não haja acidentes. Curitiba é a pior cidade com acidentes ferroviários e não podemos deixar que isso aconteça com Ponta Grossa”, completa Mohr.

Referente à Malha Sul, o PELT indica “Obras de melhorias da Malha, entre elas, contornos ferroviários das principais cidades do Paraná".

A MALHA SUL

A Malha Sul, que era pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA), foi concedida para a Ferrovia Sul Atlântico (que passou a se denominar América Latina Logística - ALL, com a alteração do seu Estatuo Social) em um leilão realizado no dia 13 de dezembro de 1996, e iniciou as operações de carga  no dia 1º de março de 1997.  No total, 7.223 quilômetros de estradas de ferro foram concedidos para a empresa nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Paraná, 2,1 mil quilômetros são operados pela Rumo, sucessora da América Latina Logística (ALL). A concessão foi estabelecida para um prazo de 30 anos, que chega ao fim no dia 28 de fevereiro de 2027.

NOVA FERROESTE

O investimento na Nova Ferroeste, que prevê a construção de uma nova linha férrea de Cascavel ao Porto de Paranaguá, orçada em mais de R$ 14,5 bilhões, também irá beneficiar Ponta Grossa. Um novo trajeto será construído entre Guarapuava e o Porto, inclusive na Serra do Mar, deixando o trajeto mais rápido e mais econômico. Com isso, as composições que saem do Oeste Paranaense não precisarão passar por Ponta Grossa, descongestionando a linha na região e aumentando a capacidade de fluxo. “No passado, há 40 anos, Ponta Grossa tinha o parque de moagem de soja, e o Oeste só produzia. Mas hoje, toda soja e milho é processada lá mesmo e vai direto para exportação, e passa por passar por Ponta Grossa – hoje pouca soja de Cascavel é processada na cidade. Então vai haver uma economia de 70 quilômetros entre Cascavel e Curitiba”, diz Mohr, revelando que a atual linha continuará disponível, no futuro, entre o Oeste e Ponta Grossa.  

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