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Pais de Rômulo serão ouvidos pela justiça nesta sexta

Audiência de instrução será no Fórum de Ponta Grossa e dará início ao julgamento do caso

Audiência de instrução será no Fórum de Ponta Grossa e dará início ao julgamento do caso
Audiência de instrução será no Fórum de Ponta Grossa e dará início ao julgamento do caso -

Andre Bida

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Audiência de instrução será no Fórum de Ponta Grossa e dará início ao julgamento do caso

A mãe e o padrasto do jovem autista, Rômulo Luiz Fernandes Borges, de 19 anos, serão ouvidos nesta sexta-feira (1º) pela justiça. A audiência de instrução será no Fórum de Ponta Grossa e dará início ao julgamento do caso. Em fevereiro deste ano, Rômulo foi encontrado morto na residência onde vivia.

Segundo apuração do Portal aRede, a vítima era mantida em condições degradantes na residência do casal, vivendo em um quarto instalado em um banheiro desativado, com teto mofado, infiltrações, sem iluminação e sem condições de higiene, tendo sido relatado ainda que o jovem seria amordaçado quando tinha crises.

De acordo com o delegado Dr. Luís Gustavo Timossi, que presidiu a ocorrência, embora haja forte suspeita de que o jovem Rômulo Borges tenha sido assassinado, há necessidade de maior aprofundamento das investigações para completo esclarecimento dos fatos, motivo pelo qual os investigados poderão ser ainda indiciados por homicídio.

O delegado esclareceu que desde a notícia da morte, a Polícia Civil iniciou as diligências que visando esclarecer os fatos, que resultaram na forte suspeita de que a vítima vinha sendo submetida a agressões constantes pelo menos desde o ano de 2018, quando deixou de frequentar um centro especializado de autistas após sua mãe ser confrontada por profissionais do local que constaram o surgimento de lesões no corpo do jovem, motivo pelo qual as investigações devem avançar ainda visando verificar até mesmo a prática de tortura.

Polícia prende pais de jovem

Ainda em fevereiro, a mãe e o padrasto haviam sido presos. Conforme explica o Dr. Luís Gustavo Timossi, “inicialmente, por restar comprovado que a vítima era maltratada em sua residência e teve sua integridade física exposta a perigo, fato que ensejou sua morte, ambos os investigados foram autuados pela prática do crime de maus-tratos com resultado morte”, diz.

Advogados alegam inocência de casal

Os dois foram indiciados e devem responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, tortura e cárcere privado. Segundo o delegado. "o casal mentiu no depoimento e que houve adulteração na cena do crime", diz Timossi.

Tainan Laskos, porta-voz dos escritórios que representam o casal, rebate a investigação policial. "Não houve qualquer alteração de cena de crime. O que aconteceu naquele dia foi uma fatalidade onde infelizmente vitimou o Romulo", disse. 

O advogado diz ainda que "se fosse em um outro cenário, o padrasto não ia ficar no imóvel, ia evadir-se do local, como é comum em crimes desta natureza. Volto a dizer, nesta situação em que todos estão imbuídos em um ambiente de tensão, os fatos podem ter alguma divergência e será mostrado que, naquele dia, nem Samuel [padrasto] e nem Renata [mãe da vítima] cometeram qualquer ato criminoso contra Romulo", ressalta Tainan. 

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