Estiagem castiga região de PG há mais de 13 meses
Estado enfrenta uma grave crise hídrica e a estiagem aumenta; Riscos de incêndios ambientais são altos nesta época
Publicado: 05/08/2020, 08:11
Estado enfrenta uma grave crise hídrica e a estiagem aumenta; Riscos de incêndios ambientais são altos nesta época
Já faz mais de um ano que o Paraná não registra chuvas regulares, de acordo com o Simepar. O Estado tem enfrentado uma crise hídrica severa em algumas regiões e a estiagem aumenta os riscos de incêndios ambientais.
A preocupação é ainda maior depois da tragédia do último domingo (2), em que a fumaça provocada por uma queimada contribuiu para um acidente com oito mortes na região metropolitana de Curitiba.
Em entrevista ao vivo para o portal aRede, o meteorologista do Simepar Reinaldo Kneib revelou que a situação já dura pelo menos 13 meses. “Em Ponta Grossa, por exemplo, desde junho do ano passado até julho desse ano, choveu 65% do comportamento normal, estamos falando de déficit de 35% de chuva”, exemplifica. Ele lembra que na primavera e no verão ainda houve momentos de chuva, mas ao longo do outono choveu pouco e a situação se agravou nos últimos dois meses.
Apesar dos dados preocupantes, ele também trouxe notícias animadoras. “Próximo ao meio do mês, de 13 a 18 de agosto, poderemos ter a passagem de uma frente fria, que é o sistema meteorológico que provoca chuvas nessa época do ano”, explica Kneib. Como durante o inverno não há muita umidade na atmosfera, não existe as chuvas em forma de pancada, que são mais comuns no verão. “Está tudo indicando que vamos ter a passagem desse sistema frontal, que é uma banda de nebulosidade que atinge todo o sul do país”, complementa, acrescentando que “em alguns momentos a situação pode até se inverter: estamos num período de seca severa e alguns pontos do Paraná vão enfrentar chuvas significativas”.
Também durante a live realizada no estúdio do portal aRede, o 2º tenente Adonis Bacuri Pereira da Silva, do 2º Grupamento de Bombeiros de Ponta Grossa, lembrou que a estiagem aumenta o risco de incêndios ambientais, mas que fatores humanos também contribuem para essas ocorrências como nos casos de queimadas de lixo e vegetação. Entre janeiro e julho desse ano, os bombeiros atenderam a 186 situações como essa. “Às vezes a pessoa vai tentar fazer uma queimada controlada, mas ela acaba perdendo o controle e se transformando num incêndio ambiental”, comenta o tenente.
Fumaça na estrada exige cuidados
O tenente dos bombeiros também alerta que motoristas que se deparem com neblina, fumaça ou condições adversas de visibilidade devem redobrar a atenção, seja na área urbana ou em rodovias. Além de ter os sinais luminosos do veículo funcionando corretamente, o importante é manter a calma e deixar apenas o ar interno do veículo circular, sem abrir janelas. “O ideal é que o motorista reduza a velocidade, mas continue seu trajeto, desde que haja segurança, para evitar que o carro se transforme em obstáculo na pista”, orienta