Fotógrafo fará debate sobre a defesa dos Direitos Humanos
João Roberto Ripper, referência do fotojornalismo, fará palestra no dia 26 na UEPG
Publicado: 25/06/2018, 10:27

João Roberto Ripper, referência do fotojornalismo, fará palestra no dia 26 na UEPG
Na noite desta terça-feira (26), o Ciclo Comemorativo dos 50 anos de maio de 68 trará em Ponta Grossa o carioca João Roberto Ripper, um dos maiores nomes da fotografia documental em atividade no país. A palestra, seguida de debate, terá início às 19h na sala A17 (portal telemidiático) no campus central da UEPG com entrada gratuita.
O evento é organizado pelo projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com Programas de Pós-Graduação de Educação e de Jornalismo, com apoio da Fundação Municipal de Cultura.
A palestra tem como título “Fotografia de Resistência: Imagens em Defesa dos Direitos Humanos” e explora a experiência de Ripper no registro da dignidade humana frente situações de pobreza, desigualdade e luta social que marcam a vida brasileira. O repórter fotográfico iniciou a carreira profissional na década de 70, passando pelos jornais Diário de Notícias, O Estado de São Paulo, Última Hora, Hora do Povo e O Globo, sendo um dos fundadores da sucursal carioca da agência F4. Criou nos anos 90 a entidade ‘Imagens da Terra’, especializada na fotografia documental de denúncia social. Ripper teve participação decisiva na documentação da campanha pelas Diretas Já (1984). Em 2004, participou da criação da agência-escola Imagens do Povo, na Favela da Maré, voltada à formação de fotógrafos populares.
A vinda de Ripper para a UEPG integra o Ciclo Comemorativo “50 anos em movimentos”, evento que tem como objetivo interpretar a relação dos movimentos de resistência do maio de 68 com a atualidade. Para Rafael Schoenherr, professor de Jornalismo e coordenador do Lente Quente, as fotos de João Roberto RIpper marcam um movimento de aproximação profunda da condição humana Brasil adentro, destacando as pessoas que fazem de fato o país. “Esse gesto deve inspirar qualquer pretendente a fotojornalista que decida apontar sua câmera para uma realidade tão desigual quanto a nossa”, argumenta.
Ripper tem um histórico de defesa dos direitos humanos por meio da imagem - suas fotos já foram utilizadas pela Anistia Internacional em relatório que denuncia a violência no campo. “A presença do Ripper é importante para podermos absorver um pouco do conhecimento de uma pessoa que está inserida no campo há tanto tempo e tem um trabalho com temas tão relevantes para a atualidade”, comenta William Clarindo, coordenador de Cultura do Centro Acadêmico de Jornalismo.
Para maiores informações sobre Ripper, interessados podem acessar o seu site
https://imagenshumanas.photoshelter.com
Informações Assessoria de Imprensa