Estudantes de PG protestam contra a MP do Ensino Médio | aRede
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Estudantes de PG protestam contra a MP do Ensino Médio

Grande número de estudantes se reuniu em frente ao Regente Feijó
Grande número de estudantes se reuniu em frente ao Regente Feijó -

Andre Packer

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Secundaristas paralisaram as atividades para realizar uma manifestação contra a MP do Ensino Médio. "A educação não se vende, se defende", mostra um cartaz carregado pelo grupo.

                Estudantes secundaristas paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (5) para realizar um protesto contra a reforma do ensino médio, proposto em Medida Provisória pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). Em Ponta Grossa, a União Municipal dos Estudantes Secundaristas Ponta-grossenses (Umesp) organizou a manifestação que começou em frente ao Colégio Estadual Regente Feijó, às 9 horas, na Praça Barão do Rio Branco.

                 Apresentada pelo presidente Michel Temer no último dia 22, a MP do ensino médio flexibiliza os currículos e amplia progressivamente a jornada escolar.  “A educação não se vende, se defende”, mostra uma das faixas carregada pelos secundaristas. Cartazes pedindo a saída de Temer do cargo de Presidente da República também estão presentes no protesto.

                O grupo propõe a discussão sobre diversos temas relacionados à educação e política, como o projeto Escola Sem partido, a PEC 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, e da PL 257/16, que estabelece o refinanciamento das dívidas dos estados e do Distrito Federal. Um grande número de estudantes participa da manifestação em frente ao Colégio Regente Feijó.

                “Nós faremos vários debates, convidando professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e de escolas públicas, onde eles poderão falar sobre a situação que se encontram essas escolas, além de definirmos quais serão nossas próximas ações”, aponta o presidente Umesp, Christopher Ferreira.

Professores e sindicatos criticam MP do Ensino Médio

A Medida provisória (MP) do Novo Ensino Médio sofreu resistência na primeira audiência pública na Comissão de Educação na Câmara dos Deputados. Entidades da sociedade civil presentes pediram a rejeição da MP, tanto pela falta de discussão quanto pelo conteúdo. Entre os pontos mais polêmicos estão a falta de formação de professores para se adequar à nova estrutura e a incapacidade das redes de ensino, sem recursos adicionais, oferecerem várias opções a seus estudantes, o que poderá restringir a formação a algumas opções técnicas. Além da possível retirada da obrigatoriedade das disciplinas de artes, sociologia, filosofia e educação física.

Novo Ensino Médio

De acordo com a medida provisória, cerca de 1,2 mil horas, metade do tempo total do ensino médio, serão destinadas ao conteúdo obrigatório definido pela Base Nacional. No restante da formação, os alunos poderão escolher entre cinco trajetórias: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas - modelo usado também na divisão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - e formação técnica e profissional.

A medida também amplia gradualmente a carga horária do ensino médio para 7h por dia ou 1,4 mil horas por ano.

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