Ponta Grossa lidera o envio de caminhões ao Porto de Paranaguá

Desde a década de 1970, Ponta Grossa sempre foi uma das protagonistas das exportações no Estado do Paraná. Cidade que se tornou o maior polo moageiro da América Latina, pela instalação de três gigantes multinacionais (hoje Cargill, Bunge e Louis Dreyfus), Ponta Grossa encontrou nos portos paranaenses, especialmente em Paranaguá, seu hub de distribuição da soja e seus derivados para dezenas de países ao redor do mundo. A industrialização potencializou o mercado local e os produtos de exportação seguem para o litoral paranaense - porém em uma variedade muito maior.

Números revelados pela empresa pública Portos do Paraná, responsável por gerir os terminais portuários paranaenses de Paranaguá e Antonina, apontam que somente nos sete primeiros meses de 2024, entre janeiro e julho, os portos paranaenses receberam 21,1 mil caminhões de Ponta Grossa com produtos do agronegócio, o que representa uma média de 100 caminhões por dia originários do município, que levaram quase 800 toneladas em grãos. Em 2024, foram 34 mil caminhões, que levaram 1,23 milhão de toneladas de grãos, sendo a cidade líder em cargas rodoviárias para o porto. E sem falar outros tipos de mercadorias e os produtos que chegam por trem. 

O Diretor Jurídico da Portos do Paraná, Marcus Vinicius Freitas, que é ponta-grossense, destaca que o Porto de Paranaguá é o segundo maior porto do país em importação e exportação, e que Ponta Grossa tem grande participação nessas movimentações. “Do farelo de soja exportado em 2025, 33% veio de Ponta Grossa. Nós exportamos, até julho, 3,7 milhões de toneladas, e disso, 1,3 milhão veio de Ponta Grossa. Além do farelo, o óleo de soja também tem uma representatividade muito grande - um terço do óleo de soja exportado pelo Porto de Paranaguá tem origem em Ponta Grossa”, detalha.

Freitas detalha que na atual gestão, desde o início de 2019, o porto elevou sua capacidade em 25%, alcançando 66,7 milhões de toneladas movimentadas em 2024. Além de muitas obras de infraestrutura, com licitações, o diretor atribui o crescimento também à inovação. “Inovamos com sistemas, aplicativos de recebimento de caminhões. Hoje, o caminhão que chega em Paranaguá, ele só chega com uma autorização e um cadastro prévio”, detalha.