Atriz de 'Jogos Vorazes' denuncia abuso sexual durante filmagens

A atriz Jena Malone, que interpretou Johanna Mason na franquia 'Jogos Vorazes', revelou em um post no seu Instagram que foi vítima de abuso sexual durante as gravações de 'A Esperança' - O Final, em 2014. Na legenda da imagem, a atriz revela o ocorrido sem dar muitos detalhes.

"Estávamos filmando em uma bela casa na França e pedi ao motorista que me deixasse neste campo para que eu pudesse chorar e capturar este momento", iniciou a publicação. "Embora este tempo em Paris tenha sido extremamente difícil para mim, que estava passando por uma separação, também fui sexualmente agredida por alguém com quem trabalhei". 

Durante o depoimento, a atriz disse que teve de equilibrar sua gratidão por participar da franquia milionária com o trauma que sofreu durante as filmagens. "Eu gostaria que isso não estivesse ligado a um evento tão traumático para mim, mas a vida real é assim, eu acho. Como equilibrar o caos com a beleza", disse. Malone também compartilhou que aprendeu a fazer as pazes com a pessoa que a violou e comigo mesma, mas que falar sobre seu tempo na franquia sempre foi difícil, "…mas estou pronta para superá-lo e recuperar a alegria e o sucesso que senti com o filme".

Por fim, ela compartilhou seu apoio por outras sobreviventes de abuso sexual. "O processo é tão lento e não linear. Quero dizer que estou aqui para quem precisa conversar ou desabafar (...) Por favor, me mandem uma mensagem se precisarem de um espaço seguro para serem ouvidas", finalizou.

Na seção de comentário da postagem, um usuário disse que o agressor da atriz “conseguiu se livrar do ocorrido sem acusações”, ao que Malone respondeu: “Isso não é verdade. Usei a justiça restaurativa para permitir a cura, a responsabilidade e o crescimento com a outra pessoa. Foi um processo difícil, mas acredito que realmente me ajudou a passar por algumas das partes mais difíceis do luto”.

Em outra resposta, Malone disse que não nomeou a pessoa que a abusou devido à cultura do cancelamento e porque não vê plenamente como o sistema de justiça criminal poderia reparar sua cura.