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Preço da soja dispara e saca chega aos R$ 200 em PG

Grande quebra na safra no Sul do país, devido à seca, impactou nos preços
Grande quebra na safra no Sul do país, devido à seca, impactou nos preços -

Grande quebra da safra e guerra na Ucrânia elevaram os preços neste início de ano. Alta é de 22% desde janeiro

O preço da soja disparou nas últimas semanas e o alto preço é observado na região dos Campos Gerais. Nesta semana, o valor de balcão do grão atingiu a marca de R$ 200 a saca de 60 quilos, segundo a cotação diária divulgada pelo Departamento de Economia Rural (SIMA). Ou seja, em outras palavras, o preço bruto pago aos produtores é superior a R$ 3,33 por quilo do grão. É um valor que já está 22,4% mais caro do que era praticado no início do ano, quando o custo era de R$ 164,50 a saca em preços de balcão, no dia 3 de janeiro. O reflexo disso já é visto nos mercados, com o óleo de cozinha subindo de preço, já chegando na casa dos R$ 9. Quando o período analisado é maior, de dois anos, desde fevereiro de 2020, o último mês não impactado pela pandemia, a diferença é ainda maior: no início do mês a saca era vendida a R$ 78 no balcão, o que representa um aumento de quase 160%.

Contudo, como explica o corretor de grãos da SafraSul Corretora, Adriano Carneiro, o preço médio praticado hoje em Ponta Grossa, de R$ 201,50, à vista no balcão, representa um valor mais baixo do que o disponível. Segundo ele, para contratos para os meses seguintes, os valores são mais altos, como R$ 205 para abril e R$ 208 para abril com maio. “O disponível é a soja que está fora da indústria, nos armazéns ou na lavoura”, esclareceu o profissional.

Os motivos para esse grande salto nos valores, explica Carneiro, passam pela velha lei da oferta e demanda: com menos produtos no mercado, em decorrência da seca, o que está disponível ganha valorização. E também à guerra na Ucrânia. “O mercado da soja já era firme antes da guerra. Tem quebra de mais de 20 milhões de toneladas no Brasil. Há quebra na Argentina, no Paraguai; a seca detonou a soja no Sul do país. E no Mato Grosso e Centro Oeste houve excesso de chuvas. Mas essa andada de preço agora foi mais por conta da guerra, que fez a especulação aumentar, e os preços do óleo e farelo subiram, dando mais sustentação”, explicou.

Porém, esse valor atual pode ainda não ser o teto, especialmente se for confirmada uma retração ainda maior nessa safra. “Essa quebra não está definida 100%. É preciso esperar todo mundo colher para ver realmente o tamanho dela; pode ser que aumente. Mas o fator principal é o tamanho da quebra, porque a relação oferta e demanda já estava muito justa”, acrescentou.

Outros produtos também valorizam

O aumento nos preços não é uma exclusividade da soja. O milho, o trigo e o feijão também apresentaram uma alta nos preços. No milho e feijão houveram grandes perdas, inclusive na região dos Campos Gerais, e isso impactou na alta dos preços. No caso do milho, por exemplo, o valor médio do grão no balcão era de R$ 86 no dia 3 de janeiro de 2022, passando para R$ 97 agora no dia 10 de março. O feijão carioca era comercializado a R$ 230, valor que agora passou para R$ 320; e o trigo, que custava R$ 90 a saca em janeiro, agora está em R$ 102.

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