Ponta Grossa
Prefeitura de PG notifica empresa por atraso em obras da UPA Uvaranas
A Ethica Engenharia solicitou um novo aditivo ao contrato de construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Uvaranas que está sob análise da Prefeitura. A Administração Municipal informa que notificou a empresa quanto aos prazos de entrega dos serviços
Kadu Mendes | 29 de janeiro de 2025 - 06:50
A Prefeitura de Ponta Grossa notificou a Ethica Serviços de Engenharia e Construção, empresa responsável pelas obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Uvaranas, pelo atraso na entrega dos serviços de construção da unidade. Há pouco mais de uma semana, a empresa solicitou um novo aditivo ao contrato nº. 179/2024. O pedido exige uma revisão no prazo de entrega da obra para mais 45 dias. A Prefeitura estuda a solicitação da empresa.
O prazo de execução do contrato entre a Ethica Engenharia e a Prefeitura se encerrou no dia 22 de janeiro. Caso a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Planejamento Urbano se manifeste favoravelmente à solicitação da empresa, a Ethica poderá entregar a obra na segunda quinzena de março, visto que esta seria a nova data limite de vigência do contrato. Cabe lembrar que a construção da nova UPA começou em junho de 2024 e a previsão inicial da Prefeitura era que a unidade abrisse as portas à população no último mês de dezembro.
À reportagem, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa reiterou que todos os setores envolvidos na obra trabalham diariamente “para que, o mais breve possível, esta novíssima estrutura de Saúde esteja atendendo a população”.
O ADITIVO - Para justificar o aditivo, a empresa apresenta seis tópicos: chuvas, sala de raio-x, subestação, pintura externa, drenagem e alteração em esquadrias. Em cada um desses itens há alegações da empresa dos diversos motivos que fizeram as obras terem atraso.
Quanto as chuvas, a Ethica alega que entre outubro e dezembro houve 47 dias chuvosos e que tornaram os serviços da obra improdutíveis e/ou impraticáveis. Em relação à sala de raio-x, a empresa afirma que no decorrer da obra, foi solicitado pela fiscalização da Prefeitura a alteração dos pontos elétricos que ficam embutidos no piso, o que, segundo a Ethica, gerou um retrabalho e impediu a finalização da sala.
Em relação à subestação, a empresa destaca que o fornecedor contratado para entregar o cubículo de média tensão da obra, teve dificuldades no fim do ano com entregas de materiais, principalmente o transformador – principal equipamento da subestação. Já quanto a pintura externa, foi constatado pela fiscalização que a cor vermelha, que estava sendo pintada a fachada, não condizia com o padrão de pintura que é utilizado nesse tipo de obra, sendo solicitado a alteração. “Porém, esse tipo de tinta é produzido diretamente de fábrica e está em processo de pigmentação, o que gerou um atraso no serviço”, escreveu a construtora em documento que solicita o aditivo.
Com relação à drenagem, a Ethica afirma que, no decorrer da obra, foi observado que o projeto pluvial recebido no processo de licitação, não atenderia a topografia da obra. Dessa forma, foi necessária a alteração e acréscimo de algumas linhas de drenagem. A empresa ressalta que esse procedimento foi adotado para satisfazer as normas técnicas e mitigar problemas futuros em períodos chuvosos.
A Ethica ainda destaca que também foi solicitado pela fiscalização a alteração da porta de entrada principal da UPA para uma porta de vidro temperado com abertura automática e cortina de vento.
O CONTRATO - Já é o terceiro aditivo proposto ao contrato 179/2024. O primeiro foi solicitado pela empresa em 17 de outubro de 2024 e pedia a prorrogação do prazo de execução da obra em mais 90 dias. Com isso, o serviço precisaria ser finalizado até o dia 25 de novembro, o que não ocorreu. Contudo, nessa data, a Ethica Engenharia solicitou um segundo aditivo, de 30 dias, que foi aceito pela Prefeitura. Assim, o prazo de execução da obra terminaria no Natal, em 25 de dezembro.
A empresa contratada pela Prefeitura para realizar a obra da nova UPA, alega que, após o ato licitatório da construção do prédio, foi solicitada a realização de alguns serviços extras, que não constavam no escopo inicial da empresa contratada. Em razão da execução dos serviços extras, o valor do contrato de licitação aumentou em R$ 1.026.212,83. Inicialmente a obra custaria R$ 8 milhões aos cofres do Município, mas com o valor do segundo aditivo, o valor final ultrapassará os R$ 9 milhões.
A NOVA UPA - Localizada próximo ao Campus Uvaranas da UEPG, a UPA Uvaranas ficará na esquina da Avenida General Carlos Cavalcanti com a Alameda Nabuco de Araújo e terá 1.455,19 metros quadrados de área construída. O Light Steel Framing, sistema de construção a seco utilizado na nova estrutura da Saúde de Ponta Grossa, é inédito entre as obras da Prefeitura.
O investimento total dedicado à estrutura é superior a R$ 22 milhões e inclui a aquisição do terreno, que custou R$ 11 milhões, as obras do novo prédio, que ficaram na casa dos R$ 9 milhões, e os investimentos em equipamentos, com custo de R$ 2 milhões.
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