Política
Rangel explica como e quando 'lockdown' aconteceria em PG
Prefeito falou sobre taxa de ocupação dos leitos do Hospital Universitário, atendimento nos UPAs, contaminação de servidores de áreas essenciais e bandeira vermelha
Dhiego Tchmolo | 30 de junho de 2020 - 00:09
Prefeito falou sobre taxa de ocupação dos leitos do Hospital Universitário, atendimento nos UPAs, contaminação de servidores de áreas essenciais e bandeira vermelha
O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), concedeu uma entrevista ao Portal aRede onde falou sobre o lockdown ser adotado pelo Município. O chefe do Executivo reforçou que a ação, exclusivamente tomada pela própria Prefeitura Municipal, só acontecerá caso haja alta taxa de contaminação pelo novo coronavírus dos ponta-grossenses nos leitos do Hospital Universitário Regional (HU-UEPG), além do crescimento de atendimentos na Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“São vários os fatores (para adotar o lockdown). Não são somente os números de contaminados, porque a doença estará presente até o final das nossas vidas. Claro que vem aí a vacina, os tratamentos, se Deus quiser, muito rapidamente. Mas, temos que aprender a conviver com a doença, ela estará aí. Se tivéssemos feito um lockdown no começo da pandemia e não tivesse voltado o comércio, seriam mais de 100 dias, certamente teríamos menos infecção. Mas, infelizmente, teríamos problemas muito mais graves como miséria, depressão”, destaca o prefeito.
No entendimento de Rangel, tomar uma atitude extrema sem a necessidade comprovadamente técnica, pode quebrar a cidade. Dessa forma, as melhores estratégias se baseiam no efeito ‘sanfona’: diminuem-se as restrições em determinados momentos, tornando as medidas mais rígidas em outros. Esse é o motivo, segundo o gestor, de Ponta Grossa ser um exemplo nos números da Covid-19.
Dentro deste contexto, o prefeito de Ponta Grossa cita que os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), do HU e o número de pessoas procurando atendimento com sintomas gripais, liga o alerta do Município. “Fazemos o controle pela ala da Covid do Hospital Universitário. Ali a gente sabe como está evoluindo a doença. (Também) pelo número de atendimentos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento): se aumenta muito o número, sabemos que está se agravando, os sintomas estão ficando mais graves”, complementa.
Por fim, Rangel fala que a contaminação de servidores das diversas áreas, prejudicando o atendimento em setores prioritários, como saúde e segurança, também poderá elevar a bandeira de risco. Atualmente, Ponta Grossa está na bandeira amarela, podendo passar para a laranja e chegando na vermelha - que, assim, pode ocasionar o lockdown.