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Aline elogia grupo do PSL e quer ampliar atuação regional

Considerada ‘porta-voz’ de Bolsonaro na região, deputada federal eleita ainda garante que não abandonará posto em Brasília para buscar a prefeitura de Castro.

Para as eleições municipais, a deputada garante que não disputará a prefeitura de Castro
Para as eleições municipais, a deputada garante que não disputará a prefeitura de Castro -

Considerada ‘porta-voz’ de Bolsonaro na região, deputada federal eleita ainda garante que não abandonará posto em Brasília para buscar a prefeitura de Castro.

Aline Sleutjes (PSL) faz questão de falar da vitória nas eleições de outubro como a realização de um sonho. Há quase duas décadas na vida pública, a deputada federal eleita contou com a força política de Jair Bolsonaro para garantir uma vaga em Brasília. Agora o objetivo é outro: representar a população dos municípios que a elegeram e ampliar a atuação, tanto nos Campos Gerais quanto em outras cidades paranaenses.

A deputada parece bem alinhada com o posicionamento político do partido e participa frequentemente de reuniões com líderes nacionais, ministros e até mesmo com o futuro presidente. Aline defende a profissionalização dos cargos de maior importância do governo e acredita em uma gestão ‘autêntica’ e ‘diferente dos padrões’ dos últimos presidentes.

Para as eleições municipais, a deputada garante que não disputará a prefeitura de Castro, mas terá participação ativa no processo político e tentará eleger uma grande bancada na Câmara Municipal e alavancar um nome do grupo político para o Executivo.

Jornal da Manhã: Logo após as eleições, a deputada participou de diversos encontros com outros líderes do PSL, tanto em Curitiba quanto em Brasília. Como anda esta relação com as demandas do partido?

Aline Sleutjes: O grupo eleito de deputados federais e senadores do PSL é excelente. Embora tenhamos muitos candidatos eleitos pela primeira vez e que não possuem experiência, é possível ver a competência, a qualidade e a vontade em cada um. Temos participado de reuniões. Algumas com a presença do Bolsonaro, outras com ministros e outras apenas com membros do partido. Elegemos inclusive um líder provisório até o final de janeiro, o delegado Valdir, que ficará responsável por articular as questões relativas à Mesa [Executiva da Câmara] e à bancada. Também temos um canal de comunicação no WhatsApp onde todos os eleitos para a Câmara e o Senado conversam, pontuam e discutem pautas importantes. Praticamente todos os 52 eleitos têm estado frequentemente em Brasília para participar tanto das reuniões com a equipe de transição, quando dos encontros de lideranças e de posicionamentos do PSL em vários aspectos.

JM: É a primeira vez que a cidade de Castro possui um representante em Brasília que é ‘filho da cidade’. Como você avalia este momento e o que você acredita que o município irá conquistar com isso?

Aline: É um orgulho para Castro ter um representante – a primeira eleita deputada federal. E também é um orgulho pra mim ser essa primeira deputada. Trabalhei 18 anos para realizar esse sonho. Foram muitas dificuldades, oito anos como vereadora, uma eleição à prefeita, outra para deputada estadual... Sempre levando essa expectativa e a condição real de uma vitória e mostrando ao povo castrense que era possível. Este ano tivemos essa grande satisfação em relação ao projeto e ao sonho. Eu acredito que estava no lugar certo, na hora certa e no partido certo. Costumo dizer que não existe coincidência ou sorte. Tudo isso é o resultado da união do povo castrense, da região dos Campos Gerais, da onda Bolsonaro e do sentimento de renovação política do nosso país. Pode ter certeza que não só Castro, mas toda a região e também alguns municípios que terei orgulho em representar, receberão o meu carinho, minha atenção e meu trabalho árduo. Trarei aos municípios o que existe de melhor em Brasília, desde projetos, programas e recursos. Estarei sempre atenta às necessidades e às demandas da região.

JM: Em nível federal, o governo de Bolsonaro vem recebendo algumas críticas por conta de posições fortes e também devido ao momento de polarização que o país vive. A deputada já foi questionada a respeito de posicionamentos do presidente? Como você vem analisando esta questão de ser uma ‘porta-voz’ do governo na região?

Aline: O nosso presidente é autêntico, diferente dos padrões que estamos acostumados do ‘politicamente correto’. As pessoas terão que avaliar tanto o Bolsonaro quanto o governo com outros olhos. Ele é realista e direto com os seus posicionamentos. Está fazendo a montagem da equipe com critérios técnicos, de competência e de méritos. E nós deputados eleitos do PSL vemos isso com bons olhos. O Brasil precisava profissionalizar os seus cargos de maior importância e responsabilidade colocando, realmente, pessoas qualificadas e que possam fazer a diferença dentro do serviço público.

Com relação ao meu trabalho, tenho participado de muitas reuniões com ministros e equipes de transição. Sempre volto para Castro feliz com o que ouço. Vejo competência e dedicação na equipe, pensando realmente em um Brasil para todos, sem segmentação ou diferenciação. Fazendo com que o Brasil ande a partir do dia 1º de janeiro em velocidade maior, com menos burocratizações e mais eficiência e seus serviços.

JM: A deputada também percorreu muitos municípios paranaenses logo após as eleições para conversar com líderes regionais. Você chegou a alguma conclusão a respeito dessas reuniões que possam te nortear nos primeiros meses de trabalho em Brasília?

Aline: Ainda não consegui visitar todos os municípios dos Campos Gerais, bem como os que tive uma votação mais expressiva. Mas pretendo concluir todos eles até janeiro ou fevereiro. Minhas visitas tiveram como meta me colocar à disposição dos prefeitos, vereadores e lideranças. Como sabem, eu não tive apoio direto de nenhum prefeito ou vereador, tanto de Castro como de nenhum outro município, mas tive muitos líderes e amigos que trabalharam ao meu lado, com muita vontade e determinação. Eles me deram condições para que eu conseguisse me eleger e agora vou representa-los em Brasília. Farei jus a essa dedicação.

Quanto às demandas, cada município tem pontos muito específicos. Já anotei todas as reivindicações. Tem coisas que são mais amplas, que discuti inclusive com o Ratinho [Junior] em duas audiências que estive com ele. Deixei pré-determinado que trabalharemos juntos para resolver. O Paraná está em excelentes mãos e temos um momento muito importante do Estado, já que o governador está alinhado com os três senadores e com a maioria da bancada de deputados federais e estaduais. Estou à disposição dele e de todos os municípios que precisarem de representação, apoio e trabalho em Brasília.

JM: A região dos Campos Gerais elegeu três deputados federais ‘da casa’, mas só dois devem atuar de forma mais efetiva no Congresso Nacional – já que Sandro Alex (PSD) aceitou o convite para ser secretário de Estado. A deputada acredita que a responsabilidade fica maior com este cenário?

Aline: Estive em reunião com o Sandro [Alex] em seu gabinete em uma oportunidade. Foi cerca de 20 dias antes da decisão de se tornar secretário. Ele já me falava da possibilidade e dos benefícios que isso traria para o Paraná, sendo a terceira mais secretaria de Estado em questão de orçamento. O Sandro deve ajudar bastante os municípios dos Campos Gerais, visto que o deputado é muito ‘bairrista’, no sentido de ter um carinho grande pela região. Sei que esse cenário aumenta a importância e a minha obrigação em Brasília, mas vejo que o Sandro não abandonará as suas bases. Até mesmo porque, na secretaria que ele estará, a possibilidade de recursos é muito grande. Trabalharemos juntos. Ele se colocou à disposição das minhas demandas e dos Campos Gerais, enquanto eu coloquei meu gabinete à disposição dele. Estamos fazendo um trabalho de parceria. Tenho certeza que ele dará o melhor dele e eu farei o máximo para ajudar a cidade de Castro, os Campos Gerais e também Ponta Grossa, que é a cidade dele. Fico feliz em saber que a região está mais aberta, esperando meu trabalho e minha visita. Já de antemão deixo meu gabinete de portas abertas a partir de 1º de fevereiro, bem como meu escritório regional em Castro.

JM: Existem planos para as eleições de 2020? A deputada pretende articular algum movimento em Castro durante as eleições municipais?

Aline: Eu não disputarei a eleição para a prefeita. Tenho falado isso para todos os políticos e apoiadores. Mas é claro que participaremos ativamente do processo eleitoral. Estou organizando o PSL e outras siglas importantes no município para lançarmos nomes fortes para vereadores. Queremos eleger uma bancada nova, demonstrando força e renovação também na Câmara Municipal de Castro.

Em relação à Prefeitura, temos alguns nomes sugeridos dentro do partido. Temos também alguns que não são no PSL, mas que estão conversando e pedindo apoio. Não me prontifiquei para nenhum lado. Faremos um bom estudo sobre a possibilidade de eleição, levando em conta também a opinião pública e condição dos candidatos. Não tomaremos nenhuma decisão precipitada, visto a importância da próxima eleição para o município. É um grande momento de Castro, que agora possui uma deputada federal do partido do Bolsonaro. Até a próxima eleição já estarei trabalhando ativamente a dois anos e trazendo muitos benefícios para a minha cidade. É preciso pensar com muita acautela, dedicação, respeito, atenção e carinho, para não errarmos na escolha nos líderes que disputarão a prefeitura de Castro.

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