Dinheiro
Empresas de PG têm queda de 80% no faturamento
Os negócios considerados menos essenciais tem dificuldades para conseguir auxílios do governo
Da Redação | 10 de junho de 2020 - 02:52
Os negócios considerados menos essenciais tem dificuldades para conseguir auxílios do governo
Em pesquisa divulgada nesta semana pela Câmara Técnica Permanente de Comércio e Serviços, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG), em parceria com o Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp), do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), os negócios menores são mais frágeis, são consideradas menos essenciais e continuam com dificuldades para conseguir auxílios do governo.
A pesquisa realizada entre os dias 19 e 28 de maio contou com 273 questionários respondidos por empresários. Os dados apontam que mais de 85% das empresas pesquisadas eram de pequeno porte, MEIs ou microempresas.
Foi observado que ao analisar a essencialidade, mais da metade das MEIs e microempresas não foram consideradas essenciais. Cenário diferente das empresas de médio e grande porte que, embora sejam a minoria dos estabelecimentos, 63% das de médio porte e 56% das de grande porte, foram classificadas como essenciais.
O estudo registrou que a maioria das empresas tiveram 80% ou mais de queda do seu faturamento nesse período. Considerando a essencialidade da empresa, ratifica-se a queda menor das receitas para aquelas empresas que foram consideradas essenciais, de modo que apenas 20% dos seus estabelecimentos tiveram queda de 80% ou mais do seu faturamento, contra 53% dos estabelecimentos não essenciais.
“Entre os essenciais, aproximadamente 20% manteve e até mesmo elevou sua receita no período de medidas de distanciamento, contra 8% dos não essenciais”, explica Augusta Pelinski Raiher, pesquisadora do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas.
Durante o decorrer desta semana, o Conselho de Desenvolvimento Econômico, através da Câmara Técnica Permanente de Comércio e Serviços divulgará de maneira mais detalhada os dados sobre a pesquisa.
Não essenciais registraram queda
A perda de faturamento entre os estabelecimentos não essenciais foi de 65%, contra 40% de queda dos essenciais, ressaltando que, no conjunto, a perda média foi de aproximadamente 55%. Se comparar com o mês de abril, a queda foi um pouco menor, entretanto, manteve-se a mesma tendência. Para o coordenador da Câmara Técnica, Felipe Podolan, esta tendência continuou, mas em intensidade menor pela flexibilização das medidas restritivas e da abertura reduzida e escalonada do comércio.