Debates
Mensagem de Natal
Da Redação | 27 de dezembro de 2025 - 01:41
Por Francisco F. A Andrade
Mais um ano termina. O advento do Natal que se aproxima é, por si só, sinônimo de festas, alegrias, luzes multicoloridas e, acima de tudo, fraternidade e solidariedade humanas. Devemos, portanto, ser gratos ao Senhor Deus por nos haver concedido saúde e vida; nos haver concedido trilhar pelas veredas desconhecidas , e por vezes tortuosas, do ano que termina, quando muitos, exauridos, pereceram ao longo da jornada, sem que, infelizmente, qualquer esforço de nossa parte pudesse alterar a marcha inexorável do destino.
É Natal! Oxalá todos se tornem imbuídos do verdadeiro espírito desse evento maravilhoso! Que todos se tornem humildes e puros de coração, pois essa data simboliza o nascimento daquele que foi o mais humilde dentre os humildes, que amava as coisas simples, e que deixou ao mundo a maior lição de amor, paz e bondade. Portanto, esse é o momento de nos irmanarmos, esquecermos os rancores, vaidades e outros tantos sentimentos mesquinhos que tão frequentemente afrontam o ser espiritual que existe em cada um de nós. É o momento de deixarmos de lado o egoísmo, sentimento este que nos torna desumanos e indiferentes ao sofrimento de nossos semelhantes; de nos lembrarmos que nesta vida de tantos contrastes, existem tantas mesas fartas, abundância em excesso - por vezes completa extravagância , e tantas, incontáveis, que lamentavelmente nada possuem. É hora de nos conscientizarmos que todos os seres humanos têm direito à felicidade, o que, obviamente, não é representada exclusivamente pelos benefícios materiais que possamos oferecer. Essa felicidade, muitas vezes, se traduz no carinho que emana de uma palavra amiga, na manifestação sincera de um “Bom Dia”, de um “Feliz Natal”; ou na cordialidade aconchegante de um sorriso. A verdade, porém, é que por mais que dermos nunca deremos tudo, e dando tudo jamais daremos o suficiente, pois são tão diversas as necessidades, e tanto mais dispersos ainda os necessitados, que seria comodismo e pretensioso demais de nossa parte considerarmos que os infortúnios do mundo houvessem sido extintos, após minorados os problemas existentes no pequeno círculo que nos rodeia.
É Natal! É Festa! E, como tal, nos convida à alegria, pois foi com “Vivas” de inusitada alegria que nos Céus e na Terra, saudaram o nascimento daquele que seria, por toda a eternidade, o Redentor do Mundo. Portanto, não nos recordemos da lágrima que ao rolar queimando nosso rosto, cravou sulcos profundos em nossos corações, tornando-se a mais torturante lembrança de um momento de tristeza. Recordemo-nos, sim, da lágrima que rolou extravasada, marcando para sempre um momento sublime de felicidade. Sim, porque a felicidade está ao redor de nós mesmos; basta termos sensibilidade para percebê-la. Ela está contida no cantar festivo de liberdade dos pássaros, nos olhinhos brilhantes de uma criança ao receber um presente qualquer; na beleza de um céu azul ou de uma noite de estrelas; maravilhas Divinas que nos cercam, que além de nos trazerem luz e paz, possuem o dom miraculoso de nos aliviar a dor e cicatrizar as feridas.
Sejamos, pois, confiantes no amanhã; acreditemos que dias melhores virão. Isso é esperança… bem precioso que se renova a cada instante; enfraquece por vezes mas mantém-se viva no íntimo e no coração de cada um de nós, a nos dar estímulo para seguir em frente, a nós dar razão e sentido para a própria existência.
Francisco F. A Andrade Fº é Tenente Coronel da PM