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Primeiro debate do 2º turno de São Paulo tem foco no apagão

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) discutiram responsabilidade sobre contrato da Enel, poda de árvores e lentidão na retomada da energia

Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) durante debate em São Paulo - 2° turno, realizado na TV Bandeirantes, em São Paulo, na noite desta segunda-feira (14)
Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) durante debate em São Paulo - 2° turno, realizado na TV Bandeirantes, em São Paulo, na noite desta segunda-feira (14) -

Publicado Por Milena Batista

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Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), que disputam o segundo turno para a Prefeitura de São Paulo, participaram na noite desta segunda-feira (14) de debate organizado pela Band. O apagão que afeta a capital e a Região Metropolitana desde sexta-feira (11), após um temporal, foi o principal tema abordado. Nenhum pedido de direito de resposta foi feito.

A mediação foi feita pelo jornalista Eduardo Oinegue.

Apagão - A primeira pergunta foi a mesma para os dois, sobre qual solução pode ser tomada para evitar a falta de luz na cidade de São Paulo. Ambos se comprometeram a rescindir o contrato com a concessionária de energia Enel.

Boulos respondeu primeiro, e afirmou que "esse apagão tem dois grandes responsáveis: a Enel, que é uma empresa que presta um serviço horroroso - e que eu, como prefeito de São Paulo, a partir de 1º de janeiro do ano que vem, vou trabalhar para tirá-la daqui -, e o Ricardo Nunes". Para Boulos, "não tem planejamento, as coisas ficam acumuladas". "Quando vem um temporal, e um temporal que durou menos de uma hora, a gente imagina se tivesse durado mais..."

O candidato afirmou que é necessário garantir "o recurso adequado para poda". "Segundo, trabalhar com inovação, usar tecnologias disponíveis, como, por exemplo, o monitoramento via satélite da saúde das árvores para poder definir a prioridade de poda para aquelas que têm mais chance de cair. E terceiro, que eu acho que muita gente que tá nos assistindo sofreu nos últimos três dias, que é melhorar o serviço 156. Você ligava, você não conseguia falar com ninguém. Então, permitir que o pedido de poda possa ser feito também via aplicativo e com no máximo um mês de resposta.""

Nunes respondeu que "o que aconteceu na sexta-feira realmente é algo muito triste, que deixa a gente profundamente magoado" e que "o que essa empresa [Enel] tem feito com a cidade de São Paulo é inaceitável". Ele também questionou o fato de o "governo federal, que detém a concessão, regulação e fiscalização" não ter, segundo ele, "feito nada" desde novembro do ano passado.

O prefeito voltou a citar que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira estava tratando da renovação do contrato com a Enel na Europa. "Por que o ministro dele na sexta-feira, que nós tivemos um problema aqui, estava lá na Europa junto com a Enel, [tratando da] renovação de contrato? Por que o governo federal não fez a rescisão do contrato?", questionou.

Ataques - No fim do segundo bloco, os dois candidatos trocaram acusações. Boulos questionou a investigação da Polícia Federal na gestão municipal sobre a chamada "máfia das creches". E o prefeito, quis saber sobre a investigação da rachadinha do deputado Alessandro Janones (Avante), em que Boulos foi o relator na Câmara dos Deputados.

"Você fez o que como deputado? Só fez passar pano na rachadinha do Janones e passar pano na Enel. Aí não dá", afirmou Nunes.

"Eu nunca fiz rachadinha. Você fez a rachadinha das creches. Queria te fazer uma pergunta. Você sabe que está sendo investigada pela Polícia Federal a máfia das creches, você está lá. Existe a acusação que você teria recebido um cheque. Então quero fazer essa pergunta para você responder quem está em São Paulo. Você recebeu o cheque na sua conta no Santander como consta a acusação da Polícia Federal?", perguntou Boulos.

Boulos mencionou reportagem do UOL que mostra que o ex-cunhado de Marcola, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), é chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb).

"Além da resposta de por que você indicou o cunhado do Marcola para Secretaria de Obras, você tem uma resposta pendente: se você aceita ou não abrir o seu sigilo bancário", perguntou o deputado.

"Meu sigilo bancário já é aberto, está aberto, está à disposição. Eu não tenho nenhuma investigação, nunca fui condenado. Nunca fugi da Justiça igual você. Você ficou seis anos fugindo do oficial de Justiça naquela ação de depredação do Pinheirinho, jogou pedra na viatura. Foi preso. O oficial de Justiça não o achava, e aí prescreveu", afirmou Nunes.

Informações: g1

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