Técnico de enfermagem é condenado a 44 anos por abusar sexualmente de pacientes em Curitiba | aRede
PUBLICIDADE

Técnico de enfermagem é condenado a 44 anos por abusar sexualmente de pacientes em Curitiba

Wesley da Silva Ferreira foi considerado culpado por abusar sexualmente de pacientes que estavam sedados na UPA da Cidade Industrial (CIC)

Wesley da Silva Ferreira foi condenado
Wesley da Silva Ferreira foi condenado -

Publicado Por João Iansen

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Menos de um ano depois de vir à tona um dos casos mais graves de violência sexual registrados dentro do sistema de saúde de Curitiba, a Justiça condenou o técnico de enfermagem Wesley da Silva Ferreira a 44 anos e três meses de prisão. Ele foi considerado culpado por abusar sexualmente de pacientes que estavam sedados na UPA da Cidade Industrial (CIC).

A sentença, proferida na última quinta-feira (14) pela 12ª Vara Criminal de Curitiba, também prevê sete meses e quatro dias de detenção por ter registrado os crimes em fotos e vídeos.

Além disso, o réu terá que pagar cerca de R$ 75,9 mil em indenização por danos morais a cada uma das seis vítimas já identificadas. Mais detalhes não foram possíveis apurar, pois o caso tem sigilo.

O advogado Igor José Oggar, que representa a defesa de duas das vítimas, disse que se dá por satisfeito com a condenação. “Isso traz um pequeno conforto a todos e principalmente à sociedade que se vê mais protegida e amparada pelo poder judiciário quando uma pena é célere, porque bem sabemos que Justiça tardia é um tipo de injustiça. E nesse caso a sentença foi um tanto célere, a apuração por parte da polícia, a apuração investigativa também de nosso escritório, se dá então consenso de justiça entregue, razão pela qual nós entendemos que o papel da justiça está sendo feito e entregue”, disse o advogado Igor Oggar.

PRISÃO - Wesley, de 25 anos, foi preso em outubro de 2024 depois que o companheiro encontrou no celular dele vídeos e fotos dos abusos cometidos na unidade de saúde. As investigações mostraram que os crimes aconteceram entre dezembro de 2023 e outubro do ano seguinte.

À Polícia Civil, o técnico admitiu os abusos e afirmou que filmava os atos porque “tinha vontade”. No processo, ficou comprovado que as vítimas estavam sob efeito de sedação no momento das agressões.

CRIMES - Na condenação, a Justiça reconheceu a prática de estupro de vulnerável, registro não autorizado de intimidade sexual, divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento e também o crime de lesão corporal grave, já que Wesley transmitiu propositalmente uma doença incurável.

Ele foi absolvido, no entanto, das acusações relacionadas à produção e armazenamento de pornografia infantil. A Banda B tenta contato com a defesa de Wesley.

REPERCUSSÃO - O crime ganhou repercussão nacional pela gravidade dos fatos e pela vulnerabilidade das vítimas — entre elas, pacientes em estado de sedação e até uma criança. Desde o início, o Ministério Público do Paraná e a Polícia Civil trataram o caso como prioridade.

A promotora responsável, Tarcila Santos Teixeira, já havia afirmado, à época da prisão, que o órgão atuaria para “manter ele preso”, destacando a necessidade de dar uma resposta rápida à sociedade e às vítimas.

RESPOSTA RÁPIDA - A condenação, menos de doze meses após a descoberta dos crimes, é considerada uma resposta célere do Judiciário em um caso de tamanha gravidade. Agora, com a decisão, Wesley da Silva Ferreira permanecerá preso para cumprir a pena.

Com informações: Banda B, parceira do Portal aRede.

PUBLICIDADE

Conteúdo de marca

Quero divulgar right