Avó faz o parto do próprio neto em calçada em Curitiba | aRede
PUBLICIDADE

Avó faz o parto do próprio neto em calçada em Curitiba

Caso ocorre em meio à lotação de hospitais da capital

Ravi nasceu por volta de meia-noite de domingo (21); ambulância levou cerca de duas horas para chegar
Ravi nasceu por volta de meia-noite de domingo (21); ambulância levou cerca de duas horas para chegar -

Publicado por Matheus Gaston

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Uma zeladora, de 52 anos, teve de fazer o parto do próprio neto por causa da demora de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na noite de sábado (20), em Curitiba. O pequeno Ravi veio ao mundo cerca de duas horas após a mãe, de 22 anos, entrar em trabalho de parto.

Era por volta das 23h quando o pai do menino ligou para o Samu a fim de acionar uma ambulância até a rua Cambé, no bairro Sítio Cercado. A demora, contudo, levou Antonia Mara Soares a estender um cobertor sobre a calçada, colocar um travesseiro sob a cabeça da filha e fazer o parto do neto.

“Meu genro ligou para o Samu por volta das 23h. Quando deu meia-noite, nada do Samu aparecer. Nada! Eu não queria ver minha filha sofrer, e ela foi obrigada a deitar na calçada. Coloquei um travesseiro, uma coberta e mandei brasa”, disse Antonia à Banda B nesta terça-feira (23).

Às 00h09, Ravi nasceu nos braços da avó. Cerca de uma hora depois, a ambulância do Samu chegou ao endereço solicitado. “Já não precisava mais. Isso é uma falta de consideração com o povo. Se tivessem que morrer, minha filha e meu neto teriam morrido nos meus braços. Quando a ambulância chegou, a socorrista disse: ‘Nossa, já nasceu!?'”, protestou Antonia.

O caso ocorre em meio à lotação de hospitais e em um cenário marcado pela demora no atendimento em unidades de saúde de Curitiba. Há cerca de dez dias, por exemplo, a Banda B mostrou casos de pacientes que precisaram aguardar atendimento em hospitais dentro de ambulâncias. A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR) negou que os hospitais estivessem enfrentando um colapso, embora o diretor-geral da pasta tenha falado que “todos os prontos-socorros de Curitiba estavam abarrotados”.

Após o nascimento, Ravi foi levado para o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, referência no atendimento de casos de alta complexidade e que também enfrenta lotação no pronto-socorro. O garoto deve receber alta médica nas próximas horas.

Com informações da Banda B, parceira do Portal aRede.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE