Menino morre prensado em acidente na véspera de Natal

“Ele vai sair do hospital e vai ficar três dias preso e depois vai ser solto. Mas meu filho não vai mais voltar”. Foi com essa dura afirmação que Silmara Eltermann definiu a dor que está sentindo. Ela é mãe de Kaledy Enzo Eltermann Gonçalves, de 13 anos, que morreu no domingo (24), após ser prensado por um carro que foi atingido por um motorista que teria sinais de embriaguez. O acidente aconteceu em Rio Branco do Sul, na Região metropolitana de Curitiba (RMC).

O menino brincava com a bicicleta que tinha acabado de ganhar de presente de Natal, e não teve sequer chances de ser socorrido. O carro que o atingiu estava estacionado e foi atingido por outro veículo. O motorista foi hospitalizado com ferimentos graves após ser agredido.

Ainda que desacreditada, a mãe de Kaledy disse que espera que haja justiça pela morte do menino. Ela disse que viu o acidente acontecer.

“Eu espero que a Justiça pelo meu filho, que está todo arrebentado. Ele não matou só meu filho, ele matou a minha família inteira. Ele acabou com a nossa vida, ele acabou com tudo. Meu filho tinha 13 anos, foi dar uma voltinha de bicicleta e voltar, eu vi tudo. Eu vi tudo”. 

Antes do acidente, o menino conversava com alguns amigos e familiares, bem perto da casa em que morava com os pais e com a irmã de 4 anos. Ele morreu na hora ao ser prensado entre o carro e um poste. 

“Meu filho era uma pessoa maravilhosa, todo mundo está de prova, na escola, em qualquer lugar. Meu filho era muito bonzinho, não tinha maldade com nada, era um piá do bem, educado, tratava todo mundo bem. E agora está morto ali por causa de um desgraçado, bêbado, maldito”. 

Kaledy é velado na Capela Jardim Cecília, em Campo Magro. O sepultamento deve ocorrer nesta terça-feira (26), às 11h30, no Cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais.

Motorista alcoolizado - No local, testemunhas e familiares do menino teriam se revoltado com o acidente e agrediram o motorista, que tinha sinais de embriaguez. Apesar disso, como precisou ser socorrido, não passou pelo teste do bafômetro.

O motorista também foi atingido por golpes de facão, mas ninguém soube dizer por quem. O homem foi levado em estado grave ao Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, onde continua internado na UTI. 

A mãe, desolada, disse já saber o que vai acontecer e prevê que não terá justiça pela morte do filho. E ainda que haja, a pior pena ela sabe que ela é quem vai pagar.

“Não vai ter Justiça, ele vai sair do hospital e vai ficar três dias preso e depois vai ser solto. Mas meu filho não vai mais voltar. Nunca mais vou poder dar um abraço no meu filho”.

Informações: Banda B