Entenda: Curitibana em Israel não pensa em voltar ao Brasil
Conflito entre Hamas e Israel chega ao sexto dia. Cerca de 2,6 mil mortes foram confirmadas até o momento
Publicado: 13/10/2023, 08:20
A guerra entre Hamas e Israel entra em seu sexto dia desde que os conflitos foram intensificados no último sábado (7), após ataques terroristas do grupo que controla a faixa de Gaza contra a população israelense.
A enfermeira paranaense que vive em Israel há quase seis anos, Sandra Wahrhaftig, relatou que o ataque não era esperado, foi recebido com surpresa e dúvida pela manhã e intensificado durante a noite.
“Sábado pela manhã, quando começaram as sirenes às seis horas da manhã, eu não sabia de nada. A gente não esperava esse ataque. Não era uma coisa que Israel estivesse esperando", conta Sandra Wahrhaftig.
Ela complementou dizendo que a população sabe que quando as sirenes tocam é um sinal de risco, mas reafirmou que não sabia do que se tratava, devido ao fato de ser uma surpresa para israelenses.
Em seguida, Sandra contou que durante a noite a tensão aumentou, deixando a população bastante assustada. Segundo ela, os ataques aconteciam de 15 em 15 minutos, começando às 19h e diminuindo às 22h.
“A noite começou de 15 em 15 minutos, e foi assim das 19h às 22h. Muito assustador! Aí a gente escutava e sabia, quando toca a sirene é porque vem míssil em seguida", relata a enfermeira.
Ela concluiu que nesse momento os jornais israelenses noticiavam a situação em rede nacional.
Durante a conversa, as sirenes soaram e mais um ataque aconteceu. Interrompendo a comunicação por um instante.
“Desculpe não te responder, estamos sob ataque no momento. Em seguida te respondo", exclama a curitibana.
Quando a situação acalmou, a enfermeira relatou que a embaixada brasileira está recebendo os pedidos de quem quer voltar para o Brasil, mas completa que ela, neste momento, não pretende retornar para sua terra natal.
“Eu não saio de perto dos meus netos e do meu filho de jeito maneira, não nesse momento. Claro que uma hora eu vou visitar o Brasil, eu tenho saudades dos amigos, eu tenho família no Brasil, então é claro que eu pretendo, mas como visita", diz a enfermeira Sandra.
Ela ainda contou que ouviu relatos de que a comunicação entre os órgãos internacionais estava muito difícil para quem pretendia retornar ao Brasil.
Sandra finalizou com a informação de que, no momento, a situação em Or Yehuda – cidade onde vive, localizada à 10km de Tel Aviv, centro financeiro de Israel – está mais calma, contudo reforçou que mais ao sul, onde fica a faixa de Gaza, os conflitos seguem intensos entre Israel e o Hamas.
Informações: Banda B