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Caminhoneiro morto em acidente com van de Prudentópolis deixa filho bebê

Alisther Hubl do Rosário dirigia um caminhão-baú, que bateu contra uma van e uma carreta, e morreu na hora; criança está entre os feridos

O catarinense Alisther Hubl do Rosário, de 22 anos, morto em engavetamento na BR-376
O catarinense Alisther Hubl do Rosário, de 22 anos, morto em engavetamento na BR-376 -

Publicado Por Milena Batista

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O jovem caminhoneiro que morreu no engavetamento entre uma van, uma carreta e um caminhão-baú nesta quarta-feira (12), na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná, foi identificado como Alisther Hubl do Rosário, de 22 anos. A vítima deixa a esposa e um filho bebê.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o grave acidente registrado no km 667 da rodovia matou Alisther Hubl e feriu pelo menos outros três passageiros que seguiam para o parque temático Beto Carrero World, em Penha (SC). O caso aconteceu por volta das 4h45.

De acordo com o portal ND Mais, parceiro da Banda B, o jovem era natural de Itajaí e morava em Barra Velha, a cerca de 115 km do local do acidente. Casado e pai de um bebê, Alisther trabalhava como caminhoneiro na NHC Transportes, empresa que lamentou a perda do colaborador em nota.

“Que Deus te receba no melhor lugar que ele tem preparado pra você, que lá de cima você continue cuidando e protegendo a sua família como você fazia com excelência aqui! Somos grato por ter feito parte de nossa empresa e ter se dedicado todos os dias!”, divulgou a empresa.

A mãe do jovem comentou a publicação feita pela empresa: “Filho, que vazio no coração tô sentido. Te amo eternamente.”

Ao ND Mais, o motorista da carreta atingida pelo caminhão do jovem afirmou que ele percebeu a falta de freios e tentou evitar uma tragédia maior. Alisther morreu na hora.

“Ele já veio lá de cima sem freio. Tentou livrar o pessoal, tentou livrar todo mundo. Quando chegou na área de escape, ela estava obstruída por um carro pequeno. Aí, pra não atropelar ninguém, tentou pular a mureta, mas acabou batendo”, relatou James. “É mais um amigo de estrada que não vai ver o filho, não vai ver a esposa. Essa é a nossa realidade, infelizmente”, completou o caminhoneiro.

ALTA VELOCIDADE - O motorista da van envolvida no engavetamento afirmou que o caminhão-baú que provocou o acidente trafegava em alta velocidade, a cerca de 100 km/h. O relato é de Luciano Voyvoda, que conseguiu salvar os 15 passageiros antes que o veículo fosse tomado pelas chamas.

Segundo Luciano, a viagem havia começado por volta de 0h45, em Prudentópolis, região central do Estado. O grupo seguia para o parque Beto Carrero World, em Penha (SC), em um passeio em família. “Era um passeio em família. Havia crianças, pais. Inclusive, uma das passageiras é minha afilhada, que estava no banco atrás de mim”, contou o motorista ao repórter Kainan Lucas, da Ric RECORD.

No momento do acidente, por volta das 4h45, o trecho da rodovia passava por obras e apenas a faixa da esquerda estava liberada, conforme a Polícia Rodovia Federal (PRF). Luciano relatou que o fluxo era lento e que os veículos seguiam entre 5 km/h e 10 km/h, respeitando a sinalização e as instruções dos operários.

“A obra se iniciou desde o primeiro radar, na Serra. A faixa liberada para os veículos era apenas a esquerda. Então, a gente já pegou a lentidão no início da Serra, onde tinha um caminhão estragado. Todas as faixas estavam sinalizadas com cones e havia operários sinalizando o local”, descreveu.

Durante o trajeto, porém, Luciano conta ter sentido uma pancada forte na traseira da van. “Passamos pela área de escape e, quando chegamos nesse local, senti uma pancada muito forte na traseira da van. Não ouvi buzina, não vi luz. Só senti uma pancada. As pessoas começaram a gritar. O desespero foi grande porque não sabíamos o que estava acontecendo”, acrescentou.

A van, que chegou a balançar e quase tombar, foi arremessada contra a mureta de proteção e começou a pegar fogo logo em seguida. “O incêndio começou no caminhão que colidiu com a gente. A carroceria estava carregada com produtos inflamáveis. Os produtos químicos causaram diversas explosões”, relatou.

Ferido, Luciano ficou preso pelo cinto de segurança e com a perna presa entre as ferragens: “Demorei, mas consegui tirar o cinto e a minha perna. Passei pela janela da van e já gritei para as pessoas trazerem extintores porque a van estava se incendiando.”

Ele contou que outros motoristas e operários que trabalhavam na obra ajudaram no resgate. “Vieram dois ou três extintores, mas não foram suficientes. Nesse momento, eu fui ajudando a tirar as vítimas. Inclusive, uma delas, que estava no banco dianteiro, estava inconsciente. Eu não sei de onde tirei forças pra tirar ela pela janela.”

Informações: Banda B, parceira do Portal aRede

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