Aos gritos, líder do PL e deputado do PT brigam em CPMI do INSS
O bate-boca foi marcado por gritos de outros parlamentares, falando para os envolvidos frases, como: “vai beijar! vai beijar!” e “desliga o microfone”
Publicado: 09/09/2025, 00:08
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) protagonizaram bate-boca que levou à interrupção por alguns minutos da sessão da CPMI do INSS, na noite desta segunda-feira (8). Os dois participam do depoimento do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).
A briga começou durante a pergunta do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que questionava Lupi a respeito da renovação de contratos da gestão Lula com entidades responsáveis por descontos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Lupi se recusou a responder sobre a própria responsabilidade nas portarias assinadas na sua gestão.
“Quem assina é responsável pelos seus atos, senhor ministro? sim ou não?”, perguntou Hattem
Depois da recusa, deputados da oposição questionaram a postura de Lupi, iniciando a discussão se ele era obrigado ou não a responder. No meio da confusão, Rogério Correa começou a gritar “Bolsonaro vai para cadeia”, e Sóstenes respondeu: “Você respeita o Bolsonaro”. Em seguida, Correia retrucou: “Você que me respeite”. Enquanto isso, membros da oposição gritavam: “O PT sentiu”.
O bate-boca foi marcado por gritos de outros parlamentares, falando para os envolvidos frases, como: “vai beijar! vai beijar!” e “desliga o microfone”. O presidente da CPMI, Carlos Viana (Cidadania), disse que não suspenderia a sessão e aguardou os ânimos se acalmassem para que Marcel retomasse a fala.
Na sequência, Marcel disse que Lupi “mente” ao dizer que não sabia da dimensão da fraude, e que ele “prevaricou”. Na sua fala, o deputado do Novo mencionou a entrevista de Lupi ao Metrópoles no início de 2024, quando o então ministro foi questionado sobre os descontos.
Depois da briga, a sessão foi interrompida para Lupi se consultar com seu advogado. O ex-ministro entrou em acordo com a mesa para responder aos questionamentos de Marcel van Hattem, a quem disse que “ninguém pode ser responsabilizado por atos de terceiros”.
Com informações: Metrópoles.