Estudo indica que Júpiter já teve o dobro de seu tamanho atual
Júpiter, o gigante do Sistema Solar, foi ainda maior em seus primeiros milhões de anos de existência e tinha um campo magnético muito grande
Publicado: 22/05/2025, 17:39

Cientistas descobriram evidências de que Júpiter, que é o maior planeta do Sistema Solar, foi ainda maior no início de sua existência. Cálculos sugerem que o que vemos hoje como um gigante gasoso já chegou a ter até 2,5 vezes seu volume atual.
A descoberta foi apresentada pelos astrofísicos Konstantin Batygin, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), e Fred C. Adams, da Universidade de Michigan. O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, analisa indícios orbitais das luas Amalteia e Tebe, localizadas próximas ao planeta, para estimar a potência do campo gravitacional de Júpiter e também seu tamanho inicial.
Segundo os pesquisadores, cerca de 3,8 milhões de anos após a formação dos primeiros sólidos do Sistema Solar — o que para planetas é uma idade de bebê –, Júpiter apresentava um campo magnético cerca de 50 vezes mais intenso que o atual. Esse dado foi obtido a partir da dinâmica orbital das pequenas luas.
Atualmente, Júpiter possui menos de um milésimo da massa solar, contudo tem 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto. Seu diâmetro é 11 vezes maior que o da Terra.

Luas revelam passado de Júpiter - A análise das órbitas inclinadas de Amalteia e Tebe permitiu a reconstrução do estado físico inicial de Júpiter. Os resultados indicam que o planeta tinha o dobro do raio atual e um volume superior a duas mil vezes o da Terra.
Adams destaca que os registros orbitais preservados nas luas menores são “testemunhos impressionantes” da fase primitiva do Sistema Solar. “É surpreendente que, mesmo depois de 4,5 bilhões de anos, ainda existam pistas suficientes para revelar esse passado”, diz ele em comunicado à imprensa.
Esses dados fornecem um retrato mais robusto da estrutura de Júpiter no momento em que a nebulosa protoplanetária estava desaparecendo. As nebulosas protoplanetárias são nuvens que se acumulam ao redor de um centro gravitacional e, assim, formam gravidade e criam um planeta ou lua.
Conforme essa massa se acumula, porém, ela se condensa ainda mais, especialmente em planetas gasosos, como Júpiter, o que explicaria sua redução de tamanho.
Com informações de: Metrópoles.