‘Me prendam, não vou sair do Brasil, vou morrer na cadeia’, diz Bolsonaro
Liderança política também chamou de "golpe da Disney" a possível trama golpista
Publicado: 16/05/2025, 14:19

O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), afirmou nesta sexta-feira (16) que não pretende deixar o Brasil, mesmo diante da possibilidade de ser preso. Durante entrevista ao canal AuriVerde Brasil, Bolsonaro ironizou a investigação da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, chamando-a de 'golpe da Disney".
“Eu, com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum. Vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, disse Bolsonaro, em tom sarcástico, referindo-se ao período em que esteve nos Estados Unidos durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Segundo as investigações da PF, Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa armada e de envolvimento direto em uma trama para abolir violentamente o Estado Democrático de Direito. Os crimes atribuídos ao ex-presidente incluem:
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado com violência contra o patrimônio público;
- Deterioração de patrimônio tombado;
- Ameaça grave e incitação;
- Liderança de organização criminosa.
Se condenado por todos os crimes citados na denúncia, Jair Bolsonaro pode pegar mais de 40 anos de prisão.
Durante a entrevista, o ex-chefe do Executivo brasileiro reforçou que, na época dos eventos investigados, estava nos Estados Unidos, o que — segundo ele — tornaria impossível sua participação direta na tentativa de golpe. Essa linha de defesa é considerada estratégica por seus advogados.
“Está previsto 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, disse Bolsonaro.
As declarações ocorrem em meio ao avanço da investigação da Polícia Federal, que aponta o ex-presidente como figura central em um suposto plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito democraticamente em 2022.
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