Morre Gildinho, fundador do grupo 'Os Monarcas'
Lenda da música gaúcha, Nésio Alves Corrêa stava internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, desde novembro, enfrentando problemas de saúde
Publicado: 11/01/2025, 21:40
O Rio Grande do Sul perdeu, neste sábado (11), um dos seus maiores ícones culturais. Nésio Alves Corrêa, conhecido como Gildinho, fundador do tradicional grupo Os Monarcas, faleceu aos 82 anos, vítima de complicações de um câncer. Ele estava internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, desde novembro, enfrentando problemas de saúde agravados por um tumor na próstata e dores ósseas.
Natural de Soledade (RS), Gildinho dedicou mais de 50 anos à música gaúcha. Fundador de Os Monarcas, em 1972, o músico gravou 50 discos com o grupo, conquistando dez discos de ouro e prêmios de destaque nacional, como o extinto Prêmio Sharp e o Prêmio Açorianos, que venceu quatro vezes. Ele também foi homenageado com o Troféu Guri, da RBS, e recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, a maior honraria da Assembleia Legislativa gaúcha.
Mesmo enfrentando a batalha contra o câncer por 20 anos – desde que foi diagnosticado com um tumor na tireoide – Gildinho seguiu liderando Os Monarcas nos palcos. Segundo familiares, ele nunca abandonou sua paixão pela música, mesmo nos momentos mais difíceis.
“Ele já não conseguia falar direito, mas fazia questão de cantar. Mexia as mãos como se estivesse com a gaita e olhava pra gente. Foi um guerreiro até o fim”, contou, emocionada, Sandra Márcia Borges Corrêa, filha do artista.
A morte foi confirmada às 17h15, e a despedida ocorrerá neste domingo (12), no CTG Sentinela da Querência, em Erechim, onde Gildinho será velado.
Amigos, familiares e fãs lamentam a perda do “taura da moda antiga”, como era carinhosamente chamado, destacando sua humildade, carisma e contribuição inestimável à cultura regional. “Impossível descrever o que sinto neste momento. Perdemos uma referência, um ícone, um lutador. Seu legado ficará para sempre”, declarou um dos integrantes do grupo.
A música gaúcha perde uma lenda, mas Gildinho deixa uma herança cultural que será lembrada por gerações.
As informações são do Grupo RJB