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Nasa: Brasil pode ficar inabitável em 50 anos por aquecimento global

Utilizando dados de satélite, a Nasa mapeou as áreas mais vulneráveis do planeta, destacando o Brasil como uma das regiões que enfrentarão mudanças climáticas

Eventos climáticos extremos deverão ser mais presentes no País
Eventos climáticos extremos deverão ser mais presentes no País -

Publicado por Rodolpho Bowens

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Um relatório da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), a agência espacial norte-americana, revela um cenário alarmante para o Brasil: dentro de 50 anos, o país poderá se tornar inabitável devido aos efeitos do aquecimento global.

Utilizando dados de satélite, a Nasa mapeou as áreas mais vulneráveis do planeta, destacando o Brasil como uma das regiões que enfrentarão mudanças climáticas graves.

Segundo a Nasa, o estudo não apenas identifica áreas que se tornarão inabitáveis, mas também aquelas onde a vida poderá deixar de se formar. Entre as regiões mais afetadas, estão o sul da Ásia, o Golfo Pérsico, a China e o Brasil. Em fevereiro deste ano, a agência já havia relatado um aumento de 1,5ºC na temperatura média global.

Veja os principais motivos para a possível inabitabilidade no Brasil:

- Aumento do nível do mar: O derretimento das geleiras e calotas polares está elevando o nível do mar, ameaçando cidades costeiras como o Rio de Janeiro. A elevação do mar pode deslocar populações e causar danos significativos às infraestruturas;

- Eventos climáticos extremos: Ondas de calor, secas prolongadas, inundações e furacões se tornarão mais frequentes e intensos. Esses eventos extremos podem devastar a agricultura, danificar infraestruturas e impactar gravemente a saúde humana;

- Mudanças nos padrões de precipitação: Regiões áridas podem se tornar ainda mais secas, enquanto outras enfrentarão chuvas torrenciais, resultando em inundações e erosão do solo. O Nordeste brasileiro já enfrenta desafios significativos relacionados à escassez de água;

- Acidificação dos oceanos: O aumento de dióxido de carbono na atmosfera está tornando os oceanos mais ácidos, prejudicando a vida marinha. Isso afeta especialmente corais e crustáceos, que são cruciais para os ecossistemas oceânicos;

- Perda de biodiversidade: As mudanças climáticas podem levar à extinção de diversas espécies de plantas e animais, desestabilizando ecossistemas inteiros. Estima-se que a Amazônia possa perder até 60% de suas espécies até o final do século;

- Impactos na saúde humana: O calor extremo, a poluição do ar e a disseminação de doenças, como malária e dengue, aumentam o risco de problemas de saúde respiratórios, cardiovasculares e infecciosos;

- Impactos socioeconômicos: O aquecimento global pode provocar migrações em massa, conflitos por recursos e perdas econômicas significativas. Países em desenvolvimento, como os da África e da Ásia, são particularmente vulneráveis.

Com informações: Metrópoles.

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