Taxa de homicídios cai 31% em 10 anos no estado do Paraná | aRede
PUBLICIDADE

Taxa de homicídios cai 31% em 10 anos no estado do Paraná

Número representa a maior queda no Sul do Brasil

O grupo formado por crianças de 5 a 14 anos foi outro segmento com diminuição significativa nos homicídios
O grupo formado por crianças de 5 a 14 anos foi outro segmento com diminuição significativa nos homicídios -

Publicado por Heryvelton Martins

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

O Paraná registrou queda de 31% na taxa proporcional de homicídios entre 2012 (32,3 por 100 mil habitantes) e 2022 (22,3 por 100 mil habitantes), sendo o estado do Sul do Brasil com a maior redução do índice na última década, à frente de Santa Catarina (27,8%) e Rio Grande do Sul (21,2%) e com uma queda mais acentuada do que a média nacional, que foi de 24,9%. É o que apontam os dados do Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgados nesta terça-feira (18).

O resultado em termos proporcionais acompanha também uma queda de 25,5% no número absoluto do registro deste tipo de crime no Paraná em dez anos, mesmo com o aumento da população estadual no período. Em 2012, ocorreram 3.489 homicídios, contra 2.600 em 2022.

O desempenho do Paraná foi ainda mais expressivo no recorte entre os jovens de 15 a 29 anos, com redução de 67,1 para 41,7 na taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes nesta faixa de idade entre 2012 e 2022, significando uma queda de 37,9% em uma década. Também houve redução de 39,2% no número geral de homicídios de jovens — de 1.870 em 2012 para 1.137 em 2022.

O grupo formado por crianças de 5 a 14 anos foi outro segmento com diminuição significativa nos homicídios no Estado. A taxa a cada 100 mil habitantes caiu de 3,5 para 0,9 entre 2012 e 2022, uma queda de 74,3% em dez anos. Em números gerais, as ocorrências passaram de 58 para apenas 14 no intervalo de uma década, variando negativamente 75,9%.

Na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, os dados são reflexo de diversas medidas para fortalecer a atuação dos policiais civis e militares do Paraná, como a aquisição de novas viaturas, embarcações, helicópteros, equipamentos de proteção e armamentos, bem como na reestruturação das carreiras estaduais.

“Nos últimos anos o Estado tem buscado dar melhores condições de trabalho para os agentes de segurança, o que passa pela compra de equipamentos mais modernos e de qualidade, mas também pelo treinamento e a valorização da carreira destes profissionais”, comentou. “Isso se reflete nos bons índices de segurança que têm sido registrados pela própria Secretaria de Segurança Pública e por outras instituições”.

MULHERES E NEGROS – A violência contra a mulher também caiu no Paraná nesse mesmo intervalo de tempo. Em 2012, houve 321 homicídios de mulheres, enquanto em 2022 foram 240 (-25,2%). No índice a cada 100 mil habitantes, a queda foi de 39,3%, passando de 5,8 para 4,1 nos dois anos analisados.

O Atlas da Violência também incluiu em seu relatório dados do Plano Juventude Negra Viva, lançado em 2024 pelo Ministério da Igualdade Racial e tratam do risco relativo de homicídio de pessoas negras em relação a pessoas não negras. Neste levantamento, que identificará desigualdades raciais na violência, o Paraná aparece com um índice de 1,2, o segundo com menor atrás apenas de Roraima, que possui índice de 0,8, e bem abaixo da média nacional, que foi de 2,8.

SOBRE O ESTUDO – O Atlas da Violência é uma publicação anual que iniciou em 2015 em um trabalho colaborativo entre o Ipea e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Desde a sua primeira edição, o estudo se tornou uma das principais referências para a análise e compreensão da violência no Brasil. O relatório é utilizado para entender as dinâmicas da violência e avaliar a eficácia das políticas de segurança pública.

Entre os principais indicadores que baseiam o levantamento estão as taxas de homicídios, feminicídios e violência contra grupos vulneráveis Também são analisados dados sobre violência sexual, mortalidade por armas de fogo e suicídios. Os indicadores são coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), vinculado ao Ministério da Saúde, e dos bancos de dados das polícias Civil e Militar dos estados para identificar tendências, padrões regionais e grupos mais afetados pela violência.

Com informações de assessoria.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE