Gabriela Cid diz à PF que Mauro Cid foi responsável por fraude
A mulher de Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi intimada a depor para explicar adulterações em seu cartão, incluindo duas vacinas
Publicado: 19/05/2023, 17:48
Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel Mauro Cid, disse à Polícia Federal (PF), na tarde desta sexta-feira (19/5), que o marido foi o responsável pela inserção de dados falsos em cartões de vacinação da Covid-19. Ela também admitiu o uso do certificado. As informações foram confirmadas por fontes na PF. A estratégia da defesa é fazer com que ela responda só por uso de documentos falsos.
A mulher depôs no âmbito da investigação do esquema de falsificação de dados da vacina contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Ela chegou à PF, em Brasília, por volta de 14h30 e o depoimento durou até por volta das 16h50. Ela deixou o local por volta das 17h10.
Ela aparece nas investigações com o cartão de vacina alterado. É, inclusive, tema de diversos áudios gravados entre alvos de busca e apreensão na Operação Venire, que levou à prisão o marido dela.
Segundo investigações da PF, informações sobre as duas doses de vacina contra Covid-19 aplicadas em Gabriela Santiago Ribeiro Cid, foram incluídas no sistema do Ministério da Saúde no dia 30 de novembro de 2021 com um intervalo de um minuto, às 16h23 e às 16h24.
No comprovante de vacinação de Gabriela Ribeiro Cid, as duas doses de vacina foram supostamente aplicadas nos dias 25 de agosto de 2021 e 15 de outubro de 2021 em um posto de saúde em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid está preso desde o dia 3 de maio, data da deflagração da operação da PF. Na ocasião, foram cumpridos 16 mandados de busca e seis de prisão.
Segundo as investigações, coronel Cid, como é conhecido, atuou diretamente para adulterar os cartões de vacina de Bolsonaro e da sua família, incluindo o da esposa.
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